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CAPS Sadi Carvalho debate violência como causa de adoecimento mental

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Atividades resgatam a autoestima e recuperam saúde mental dos usuários. Foto: Victor Vercant/Ascom SMS

“Aqui a gente conversa, é tratado como gente, aprende inúmeras atividades, tem direito de viver

O CAPS me tirou do fundo do poço e aqui encontrei uma família”

O relato, feito pela usuária Juraci da Silva, 59 anos, traz à tona aquele que é um dos preceitos fundamentais da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial: a resignificação da vida com o cuidado em liberdade.Ela, que carrega desde a infância um histórico de violência familiar, além das marcas de um episódio de abuso sexual e das inúmeras frustrações sofridas ao longo da vida, viu seu mundo desabar ao receber o diagnóstico de uma doença que a incapacitava para o trabalho.“Eu já tinha passado por tantos obstáculos na vida, que perdi o rumo

Após tentar tirar minha vida duas vezes, cheguei no Caps Sadi Carvalho, há 10 anos

O apoio que nunca tive na vida, encontrei aqui

Aprendi a desenhar, bordar, pintar e a transformar meu sofrimento numa força interior

Sou uma nova mulher e feliz”, ressalta Juraci.Com uma história tão forte,mDona Juraci esteve entre as mulheres que participava, nesta terça-feira (23) da roda de conversa “A Violência contra a Mulher e o Adoecimento Mental”, atividade realizada pelo CAPS Sadi Carvalho (localizado na Chã de Bebedouro) – em parceria com o Centro de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM), Rede de Atenção às Vítimas de Violência (RAVVs) e o Instituto de Psicologia da Ufal – para lembrar o Dia Mundial de Luta Antimanicomial, celebrado durante todo este mês.Criado para lembrar que, como todo cidadão, as pessoas em sofrimento mental têm o direito fundamental à liberdade, a viver em sociedade, além de receber cuidado e tratamento, sem ter que abrir mão de seu lugar de cidadãs, o Movimento da Luta Antimanicomial tem sido importante para reforçar o papel dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) na construção de vínculos desses usuários com a sociedade.“A pandemia da Covid-19 deixou evidente que vivenciamos uma epidemia de saúde mental

Toda pessoa adoecida, precisa ser cuidada e a porta de entrada para esse cuidado tem sido a atenção básica

Por isso, abrimos espaço para o debate dos fatores que levam a esse sofrimento mental”, destaca a gerente administrativa do CAPS, Karla Rocha.Presente à atividade, a professora e pesquisadora Telma Low, do Instituto de Psicologia da Ufal, reforça que trazer a discussão sobre a violência de gênero para o ambiente do Caps faz todo o sentido, tanto pelos efeitos físicos quanto psicológicos que gera nas vítimas.“As diferentes formas de violência contra a mulher deve ser discutida em todos os espaços, pois é uma questão de saúde pública

Mas é preciso também investir na formação dos profissionais das várias áreas envolvidas, para que as singularidades de cada pessoa afetada sejam observadas e trabalhadas da forma adequada”, afirma

Foto 1 – Milene Mendes (RAVVS); Foto 4: Karla Rocha, gerente administrativo do CAPS Sadi Carvalho; Foto 6: Dona Juraci da Silva, usuária do CAPS; Foto 7: Telma Low (Instituto de Psicologia da Ufal)

Fotos: Victor Vercant/Ascom SMS Tags:saúde mentalatenção psicossocialCAPSviolência SMSSecretaria Municipal de Saúde Rua Dias Cabral, 569 – Centro CEP 57020-250 // Telefone: 82 3312-5400 Horário de atendimento: segunda a sexta, de 8h às 14h.

Fonte:Texto e imagens da Prefeitura de Maceió

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