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Aumento Significativo de Doenças Relacionadas ao Trabalho em Maceió Preocupa Autoridades de Saúde da Capital Alagoana

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Cerest Maceió tem trabalho continuado das notificações dos agravos relacionados ao trabalho. Foto: Cortesia Divulgação Cerest

O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Maceió (Cerest) divulgou recentemente um relatório preocupante que aponta um aumento significativo no número de notificações de doenças e agravos relacionados ao trabalho na região. De acordo com os dados fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), entre os anos de 2020 e 2023, foram registrados um total de 7.352 casos, com um pico alarmante em 2023, que contabilizou 2.695 ocorrências, representando 37% do total.

Os acidentes de trabalho foram identificados como a principal causa de afastamento dos trabalhadores, totalizando 4.182 casos, o que corresponde a 57% do total de notificações. O ano de 2023 se destacou com o maior número dessas ocorrências, somando 1.885 casos. Esse aumento foi atribuído, em parte, à alteração na definição de acidente de trabalho promovida pela Portaria GM/MS nº 217/2023, que impactou diretamente na forma como esses casos são notificados.

Por outro lado, outras doenças ocupacionais, como Pneumoconiose, PAIR e Câncer, apresentaram números significativamente menores de notificações. Essa disparidade levanta a necessidade de uma análise mais aprofundada sobre os fatores que contribuem para a subnotificação desses agravos, bem como a implementação de estratégias mais eficazes de vigilância e prevenção.

A enfermeira Daniela Nascimento, integrante da equipe responsável pela elaboração do Informe Epidemiológico do Cerest, ressaltou a importância desse tipo de documento como ferramenta fundamental para orientar ações de saúde pública e monitorar a ocorrência de eventos, doenças e agravos relacionados ao trabalho. Ela também alertou para a discrepância entre os municípios da região no que diz respeito às notificações, destacando a necessidade de um esforço conjunto para promover a conscientização e capacitação dos profissionais de saúde.

Diante desse cenário preocupante, o Informe sugere uma ação coordenada entre os órgãos de saúde, gestores públicos, empregadores e trabalhadores para enfrentar os desafios e garantir um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para todos. A saúde do trabalhador não pode ser negligenciada, e é fundamental que medidas efetivas sejam adotadas para proteger aqueles que contribuem diariamente para o desenvolvimento da sociedade.

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