Os resíduos descartados podem ser transformados e também transformam vidas. Assim é o dia a dia dos catadores de materiais recicláveis, que exercem um papel importantíssimo na coleta seletiva que acontece em Maceió. Estes profissionais são responsáveis pelo recebimento, triagem e destinação correta dos resíduos sólidos gerados, sendo fundamentais no cuidado com o meio ambiente, principalmente no Brasil, onde apenas 4% desses materiais são de fato reciclados.
Na última terça-feira (04), o prefeito JHC assinou a ampliação da coleta seletiva na capital. Com isso, as cooperativas parceiras da Prefeitura, Cooplum, Coopvila, CoopMundaú, Cooprel Antares e Cooprel Benedito Bentes, passarão a atender 50 mil residências, 200% a mais que as 16 mil atendidas anteriormente. A ampliação era um anseio antigo dos cooperados e promete transformar a vida dos envolvidos.
Maria José da Silva, presidente da Cooplum, afirma que a expansão do serviço vai trazer melhores condições de vida para os catadores.
“A ampliação da coleta vai fazer com quem mais pessoas tenham o serviço disponível, gerando mais materiais e, consequentemente, mais geração de renda entre os cooperados. Era um assunto muito comentado e esperado pelos catadores e ainda bem que agora é realidade”, disse.
A presidente ainda diz que a ampliação do serviço é sinal de valorização. “Se nosso trabalho fosse ruim, não haveria a ampliação. Então, estamos com um sentimento de reconhecimento, pois os catadores são uma classe que sempre foi desprezada por outras gestões. Portanto, isso nos dá mais incentivos para industrializar mais ainda nosso processo e fazê-lo cada dia melhor”, completou.
Com a expansão da coleta seletiva, 50 mil residências serão atendidas. Anteriormente, eram cerca de 16 mil. No novo contrato, derivado do edital lançado em fevereiro deste ano, mais uma cooperativa foi beneficiada, além das quatro que já eram parceiras do município: A CoopMundaú, do Vergel do Lago, que é fruto da gestão do Prefeito JHC e todo o investimento feito pelo gestor no bairro.
Vânia Conceição faz parte da Coopvila e também é representante Nacional das Catadoras e Catadores de Materiais Recicláveis, relata sobre a luta para atingir tal objetivo.
“Atingimos a valorização da categoria. Mostramos para a sociedade e para todos os poderes que nós, catadores e catadoras de materiais recicláveis, somos profissionais no que fazemos. É uma emoção grande, inexplicável, pois foi muita luta. Agora teremos uma renda digna e mais oportunidades de empregos”, disse.
Com emoção, Vânia fala sobre as consequências da expansão do serviço. “A qualidade de vida dos cooperados vai melhorar e muito. É garantia de que sua família vai ter estabilidade, que vai poder ter um fim de semana de lazer, de melhorar as vestes e outras coisas. A ampliação era mais que esperada, era um sonho nosso. Não tem dinheiro que pague a nossa felicidade”.
E completa: “Vamos ter mais trabalho sim, mas vai ser satisfatório saber que estamos sendo recompensados corretamente e honestamente pelo trabalho. Vamos conseguir organizar nosso povo, se ver e ver outros companheiros com choro de felicidade após várias lágrimas de tristeza. Muita coisa vai melhorar, principalmente a autoestima”.
O diretor-presidente da Alurb, Moacir Teófilo, fala de como foi participar do processo de ampliação.
“Participei de várias reuniões com as cooperativas e pude ver a angústia delas de perto. Nós, da gestão do Prefeito JHC, abraçamos a iniciativa, que muitas vezes foi ignorada por outras gestões, e fizemos de tudo para que se concretizasse. Agora, com o resultado positivo que tivemos, vem o alívio, o sentimento de dever cumprido”, revelou.
Reciclagem – O serviço de reciclagem em Maceió dá a destinação correta para mais de 100 toneladas de materiais recicláveis, em média, por mês. O número é fruto do recolhimento realizado porta a porta nos bairros da cidade e coletado nos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs).
Maceió tem 32 pontos de coleta de recicláveis, destes, 15 foram instalados na gestão JHC.
Projeto de lei – Ainda durante o evento, o prefeito JHC assinou um Projeto de Lei para garantir benefícios e incentivos fiscais às cooperativas.
O projeto prevê a redução da alíquota do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) de 5% para 2%, incidente sobre os serviços prestados; isenção do IPTU sobre os imóveis de propriedades das cooperativas; redução de 50% na alíquota do ITBI, na aquisição de imóvel a ser utilizado nas atividades operacionais das cooperativas; e isenção da taxa de licença para funcionamento, taxa de localização bem como taxa da vigilância sanitária.
O PL será enviado para análise da Câmara de Vereadores e, se aprovado, será sancionado pelo Executivo.