O combate ao racismo ganhou destaque no dia 11 deste mês de março em Maceió, quando Israelle Santiago, uma aluna do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Baltazar de Mendonça, no Jacintinho, tomou a iniciativa de ler uma carta em frente à sua turma após sofrer intimidação devido à sua aparência. A mãe de Israelle, Thamara Santiago, registrou o momento em um vídeo, onde a jovem enalteceu suas características naturais, afirmando ter orgulho de sua cor e de seus traços.
O episódio registrado reforça a importância do combate ao bullying nas escolas, que, segundo Luciano Amorim, coordenador de Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria Municipal de Educação (Semed), é uma urgência nos dias de hoje. Amorim destaca a necessidade de ações que visem o cuidado com a saúde mental dos estudantes e servidores, além do combate ao racismo. Ele ressalta que o caso de Israelle não é isolado e que é essencial fortalecer a identidade racial e a coletividade das crianças que enfrentam situações semelhantes.
A Escola Municipal Baltazar de Mendonça, onde Israelle estuda, tem como foco a inclusão dos alunos e realiza projetos que abordam temas como bullying e racismo. A diretora da escola, Silvia Vasconcelos, destaca a importância das formações oferecidas pela Semed aos professores, que abordam questões relevantes ao ambiente escolar. A Semed, por sua vez, tem atuado junto à escola para realizar intervenções e esclarecer que o racismo tem raízes estruturais e de reprodução.
A temática da inclusão foi discutida durante a Jornada Pedagógica 2024, organizada pela Semed, com a mesa redonda “Caminhos curriculares para uma educação não-violenta”, que abordou o combate ao racismo, o respeito à pluralidade dos estudantes e o papel dos educadores na formação de uma escola inclusiva. A atitude corajosa de Israelle e o apoio da comunidade escolar mostram a importância de se combater o racismo e promover a inclusão nas escolas, criando um ambiente mais acolhedor e respeitoso para todos os alunos.