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“Caso Joana”: autor de feminicídio com 32 facadas que chocou Alagoas e Brasil há mais de 7 anos vai a julgamento este mês

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Joana Mendes

Após mais de sete anos de recursos e pedidos de adiamento, a Justiça alagoana confirmou para os próximos dias 18 e 19 de dezembro o julgamento de Arnóbio Cavalcanti pelo assassinato com 32 facadas (boa parte delas no rosto) da ex-companheira e professora Joana de Oliveira Mendes, ocorrido em cinco de outubro de 2016, no bairro de Santo Eduardo, em Maceió.

Apesar da brutalidade do feminicídio que gerou repercussão nacional e resultou na prisão preventiva de Arnóbio, o prolongamento do processo devido a uma série de recursos e tentativas de protelação levaram, em junho passado, a um pedido de revogação da prisão preventiva do réu que foi posto em liberdade (sob medidas cautelares) até o julgamento no próximo dia 18 e 19.

“Com a revogação da prisão desde junho, ainda que com medidas cautelares, passamos a temer não apenas por nossas vidas, como também pela tentativa de fuga do assassino antes do julgamento”, diz a advogada Júlia Mendes, irmã de Joana Mendes. “Após todos esses anos de agonia, esperamos que a Justiça seja finalmente feita com a condenação e prisão definitiva do assassino”.

Arnóbio Cavalcanti
Arnóbio Cavalcanti

O assassinato com 32 facadas no rosto de Joana dentro de um carro em uma rua do bairro de Santo Eduardo foi cometido após o acusado, que não aceitava o fim do relacionamento, ter marcado um encontro com a vítima para conversar sobre um acordo de pensão para o filho menor, então com apenas dois anos de idade.

“Em casos como esse, em que são vários os elementos comprobatórios que demonstram a autoria do acusado, não resta outra estratégia que possa ser arguida por ele a não ser tentar confundir a sociedade para induzir o júri de que é inimputável alegando que sua faculdade mental estava prejudicada no momento do crime”, diz Lucas Albuquerque, um dos assistentes de acusação que integra o escritório Herval, Moura & Albuquerque.

 

Ou seja: só restará como estratégia ao acusado, agora, tentar usar a velha e desgastada tese recorrente de que não tinha capacidade mental ou emocional para entender a natureza dos seus atos criminosos. “Felizmente, como demonstram os julgamentos recentes de feminicídios brutais como esse em Alagoas, a sociedade representada pelos jurados não tem mais acatado esse tipo de tese”, diz Albuquerque.

O julgamento que está marcado para iniciar às 8h da manhã do dia 18 de dezembro é aberto ao público e será realizado na sala de audiência da 7ª Vara Criminal da Capital – Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro (Av. Presidente Roosevelt, 206).

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