O Governo do Brasil bateu novo recorde histórico na arrecadação de tributos nesse último mês de julho, alcançando a marca de R$ 254,2 bilhões, registrando um avanço de 4,57% na comparação com igual período do ano passado.
O acumulado deste ano, representado pela soma dos sete primeiros meses, já chega a R$ 1,679 trilhão, caracterizando um crescimento real de 4,41%, o que significa o melhor desempenho para esse período, desde o ano de 1995, quando se deu início à série histórica.
Os dados que acabam de ser divulgados pela Receita Federal, são reveladores que o aumento expressivo das explorações da Petrobras- com maior volume na produção de gás e petróleo-, e o avanço nas atividades de mineração que o governo vem estimulando em parceria com a iniciativa privada, são fatores decisivos para que a arrecadação de tributos venha batendo recordes.
Houve também aumento nas contribuições das empresas do setor financeiro.
Esse crescimento na arrecadação ganha ainda maior significado quando se conhece que as arrecadações provenientes da tributação do IOF (sobre Operações Financeiras), ainda foram incipientes no mês de julho, apresentando um saldo residual de pouco mais de R$ 6,5 bilhões, ante R$ 5,5 bilhões do mesmo período do ano passado.
Essa é uma realidade animadora para o Governo, aliviando o caixa público, fazendo-o aproximar-se mais do cumprimento das metas fiscais, permitindo sobras para investimentos significativos em obras estruturantes e possibilitando cumprir a cartilha governamental de ter presença marcante em projetos de natureza social, como os programas de transferência de renda, a exemplo do Bolsa Família.
A Petrobras vem registrando crescimento na sua produção no decorrer de 2025, com um índice de crescimento de 5,4% no primeiro trimestre e de 5% no nos meses de abril, maio e junho, atingindo 2,8 e 2,91 milhões de barris por dia, respectivamente nos dois períodos deste ano.
Esse crescimento é resultado da presença expressiva de produtos extraídos em novas plataformas do pré-sal, com destaque para as áreas de Almirante Tamandaré, em Búzios, e Marechal Duque de Caxias, nos campos de Mero.
No primeiro trimestre, com um crescimento percentual de 5,4%, a Petrobrás incorporou 2,77 milhões de barris e no segundo trimestre atingiu 2,91 milhões de barris/dia.
Esse bom desempenho da Petrobrás tem sido resultado de melhor eficiência operacional, com a retomada e melhor operacionalização de bacias importantes, como a de Santos; pela retomada de produção em áreas importantes que estavam paradas há anos por necessidade de manutenção; pela entrada em produção de novas plataformas de produção e armazenamento, e pelo aumento da produção em campos como Búzios e Mero, fatores preponderantes para que a maior estatal brasileira retomasse seu papel de líder e uma das maiores empresas petrolíferas do mundo.
Outro fator importante para que o Governo comemore o aumento na arrecadação de tributos federais, tem sido o avanço na mineração de diversos itens importantes e existentes em abundância no país. Para se ter uma ideia, esse segmento vem crescendo de maneira vigorosa em 2025, mas já em 2024 apresentou um faturamento expressivo de R$ 270,8 bilhões, com elevação de 9,1% em relação a 2023. Tem ocorrido um crescimento vigoroso em Minas Gerais, no Norte do país (sobretudo no Pará), na Bahia e em Goiás, mas tem-se observado uma evolução significativa da mineração em outros Estados do Norte e também do Nordeste.
Por José Osmando