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Polícia de São Paulo está matando 60 pessoas a cada mês neste ano | José Osmando

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É uma estatística assustadora, que vem causando apreensão e medo no mais poderoso Estado brasileiro. A Polícia de São Paulo está matando uma média de 60 pessoas a cada mês, o que representa duas pessoas sendo assassinadas diariamente pelas armas de quem tem o dever de proteger vidas humanas e oferecer segurança à população. 

Esses dados contidos no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, recentemente divulgados, mostram que a cada 10 assassinatos cometidos no Estado de São Paulo, quatro foram praticados pela próprios agentes policiais.

O número de mortos pela polícia no segundo trimestre deste ano foi acrescido de mais 49 assassinatos e em todo o primeiro semestre de 2025 os mortos por policiais somaram 365. Com esse número sendo dividido por 6 (número de meses do semestre), vamos ter quase 61 mortos por mês, passando de duas mortes por dia.

O crescimento no número de mortos pela polícia apenas nesse segundo trimestre cresceu 32%. Esses dados são assustadores, pois os índices crescentes, superiores a 30% na beligerância incontida da polícia paulista, incidem sobre números absurdos já registrados no ano de 2024, quando o aumento foi de 61% na comparação com o ano de 2023. Ao invés de apresentar redução, como era de se esperar, a violência mortal da polícia paulista só faz crescer sobre o que já vinha sendo exponencialmente elevado.

São Paulo vem na contra-mão do que está acontecendo no Brasil. Na média nacional, na relaçao 2024 a 2023, houve uma redução de 3% nos índices de letalidade policial a cada 100 mil habitantes. Das 27 unidades federativas, apenas 9 apresentaram crescimento nas ações delituosas do seus sistema de segurança, com São Paulo liderando com folga essa deplorável estatística. 

No Estado de São Paulo, conforme atestam os estudos gerados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, esse aumento sistemático de mortes por policiais ganhou força a partir de 2023, com ascensão do governador Tarcício de Freitas ao poder e nomeação do ex-comanante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (conhecidas como ROTA) para o posto de  secretário de Segurança. Guilherme Derrite, levou à segurança estatal um modelo único de repressão como marca da ação de seus comandados.

Derrite, conforme as análises, representa uma política de segurança pública fundada na repressão e no endurecimento, mas isso só parece estar tendo efeito claro no aumento das mortes por policiais, pois os homicídios em geral tiveram neste último trimestre um crescimento de 15%  somente na capital paulista.

Por José Osmando

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