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Investimentos privados em infraestrutura estão crescendo e passam de R$ 372 bi

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Dois fatores estão atraindo de maneira extraordinária os investimentos privados em infraestrutura no Brasil. O primeiro deles é o grau de confiança na economia, que tem se revelado forte e crescente, superando as fases negativas recentemente vistas no mercado. Em segundo, mas tão significativo quanto, é um reflexo direto do avanço das concessões que o Governo Federal  e governos estaduais têm adotado em setores estratégicos, como rodovias, portos, aeroportos, ferrovias, e tratamento de água e esgoto sanitário.

Um levantamento divulgado ontem pela Associação Brasileira da Infraestrrutura e Indústrias de Base – ABDIB, apresenta o cálculo de que algo muito expressivo, superior a R$ 372 bilhões, vindos do segmento privado, deverão somar-se a esforços governamentais em obras estruturantes espalhadas pelo país afora, entre os anos de 2025 e 2029. Esse total representa 63,4% a mais do que projetou anteriormente  a mesma Associação, no ano passado, e que dizia respeito ao período 2024 a 2028. Esses dados constam do Livro Azul da Infraestrutura, que é publicado anualmente.

O levantamento indica valores em infraestrutrura a partir de 2020, já sob o Governo Lula, quando a economia voltou a crescer e foram retomadas as concessões de serviços públicos  em setores como tansporte, saneamento e infraestrutura social. Desde então, editais visando parcerias público/privadas têm sido publicados e leilões realizados não apenas na esfera central da União, mas em quase todos os Estados brasileiros, alcançando um crescimento expressivo e bastante animador para as empresas privadas.

Com isso, obras essenciais, como as de tratamento de água potável e esgotamento sanitário, começam a aparecer, com benefícios diretos à população, notamente no terreno da saúde, pois são muitas as doenças transmissíveis por água não tratada e pela falta de saneamento básico. Tais obras eram quase sempre negligenciadas por administrações públicas até passado recente, muitas vezes pela visão míope de gestores que elegiam menor importância a esses serviços, por serem “obras enterradas”, que não aparecem aos olhos dos eleitores.

Até mesmo para fazer frente a essa politicagem medíocre em relação a obras que viriam melhorar a saúde coletiva, a política de concessões de serviços públicos essenciais, como água e esgoto, é uma solução muito bem vinda, que começa a apresentar resultados positivos. Há cidades, como Teresina, Capital do Piauí, onde a concessão desses serviços universalizou o abastecimento d’agua em sete anos, significando que hoje todos os moradores da cidade têm água tratada na torneira, e elevou , no mesmo período, o serviço de esgoto sanitário de 17% para 59%, prevendo-se que em 10 anos também esteja universalizado.

O estudo realizado pela Associação Brasileia da Infraestrutura, de que já estão garantidos valores de R$ 372 bilhões para 2025/2029, considera apenas as concessões licitadas a partir de 2020. Aí estão apenas os valores programados para esses cinco anos. Porém, se forem considerados os novos editais que estão programados em vários Estados brasileiros , com cifras expressivas para essas concessões, os valores sobem muito mais. Há uma tendência marcante de que esse modelo de concessões adotado pelo Brasil ganhe muito mais velocidade e abrangência, trazendo para os serviços públicos recursos monetários do setor privado.

Isso é considerado uma conquista muito revelante, pois ajuda os governantes a encontrar soluções para velhos problemas, põe a economia em movimento, cria milhares e milhares de novos empregos, muitos deles em funções qualificadas, especializadas, gera uma cadeia de novos prestadores de serviços, contribue para aumentar a renda das famílias e põe dinheiro nas mãos das pessoas, elevando o seu consumo. O bom exemplo, num país que vai encontrando seu caminho.

Por José Osmando

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