O Governo Federal está fazendo importantes investimentos em ferrovias pelo país afora, e está sendo o Nordeste o foco especial dessas iniciativas, ao retomar obras, há anos paralisadas, como é o caso da Transnordestina – importante trajeto que liga Piauí, Ceará e Pernambuco-, cujo projeto está avançando e recebeu este ano R$ 1,4 bilhão.
Trata-se de uma obra fundamental para melhorar o transporte de carga, conectando a cidade de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco.
Outras obras significativas, que também se encontravam paralisadas, foram retomadas pelo Governo Lula em outras regiões, como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, e a Ferrovia de Integração Centro-Oeste. Todas essas iniciativas têm o objetivo de transferir parte do transporte de carga das rodovias para os trilhos até 2035.
A estratégia inclui a renovação de contratos de concessionárias, impondo a recuperação de malhas abandonadas e a busca por parcerias internacionais, como a da ferrovia bioceânica com a China.
Avançam as negociações com a mineradora Vale, num volume de recursos superior a R$ 17 bilhões, para a renovação antecipada de contratos das Estradas de Ferro Carajás e Estrada de Ferro Vitória a Minas Gerais. O Governo está captando cerca de R$ 20 bilhões de indenizações de concessicionárias por rodovias abandonadas, que serão aplicados em novos projetos ferroviários. Os investimentos totais devem chegar a R$ 100 bilhões.
No terreno das indenizações que o Governo Federal luta por ver prevalecer, encontram-se trechos que perfazem 3.020 km de ferrovias abandonadas em cinco Estados do Nordeste.
Do total de 4.200 km de ferrovias no Nordeste concedido à empresa vencedora, em 1997, apenas 1.200 estão em uso, na rota entre o porto de Itaqui (MA) e o porto de Macuripe(CE). Os demais trechos foram abandonados ao longo do caminho e do tempo, com graves prejuízos ao transporte de cargas no país e aos Estados onde essas linhas foram fincadas..
E é daí que vem outra excelente novidade: o Governo Federal está avançando para concluir o plano de interligar as capitais do Nordeste por uma rede de trens de passageiros, como meio de impulsionar o turismo regional e fortalecer a economia nordestina.
Avançando para ampliar a malha de trens destinados aos transporte de cargas e agora voltando-se para criar novas estruturas para o tansporte de passageiros, o Governo Lula dá grande passo no tempo, superando uma dependência danosa que o transporte rodoviário causa historicamente ao Brasil.
Já no próximo ano de 2026 estão previstos a construção de 110 quilômetros de linha ferroviária entre Recife(PE) e João Pessoa(PB) e num segundo momento, também já com estudos em grande evolução, está a interligação com Maceió, Salvador, Natal e Aracaju.
Existe estudo que vai permitir, por exemplo, a ligação ferroviária entre Juazeiro, na Bahia- que é um grande polo de fruticultura do Nordeste -, e Juazeiro do Norte(CE), que é um dos maiores núcleos do turismo religioso da região nordestina.
Essas estratégias montadas pelo Governo Federal- que surpreendem pelo fato notório de que a opção pelo transporte ferroviário foi abandanada por séculos no país, ao se preferir centrar tudo no transporte por rodovia-, tem para o Planalto o caráter de acelerar o crescimento do Nordeste, reduzindo os custos do transporte de carga, e dando aos nordestinos a oportunidade real de amplair o turismo interno, também com custos reduzidos e mais conforto.
Sabe o governo que o Nordeste é território de imensas potencialidades e grandes oportunidades, mas para que esse potencial seja convertido em desenvolvimento é necessário que todos os planos tenham convergência em infra-estrutura eficiente e adequada.
Vale lembrarmos que o Nordeste, que concentra 27% da população do país, já contribui com 14% do PIB nacional, e cresceu nos últimos 10 anos bem acima da média nacional, precisará avançar nas suas condições básicas, para permitir que sua contribuição à formação do Produto Interno Bruto tenha o mesmo peso da totaldiade de sua população.
A conclusão mais lógica, que o o Governo Lula demonstra estar percebendo, é a de que investir em infra-estrutura para a região significa claramente ter resultados muito positivos, em velocidde maior, que terminam beneficiando o Brasil no seu conjunto.
Por José Osmando