A absorção de pessoas mais idosas, entre 50 e 59 anos, bateu recorde no mercado de trabalho, conforme revela um estudo da Fundação Getúlio Vargas, tendo por base dados do Caged relativos a outubro de 2024, comparados com mesmo período do ano anterior.
Nesse período, o crescimento na ocupação de vagas da chamada geração prateada atingiu 133,7%. Esse extraordinário avanço é explicado por alguns fatores.
Primeiramente, pelo vigor notável da economia brasileira, em fase de constante crescimento desde 2023. Na sequência, que as empresas desejam acolher pessoas com mais experiência profissional e, finalmente, a constatação de que a oferta de mão de obra entre os mais jovens tem diminuído, conforme as pesquisas vêm demonstrando.
Um dado apontado pelo estudo da FGV é de que esses integrantes da geração prateada (como são chamadas as pessoas nessa faixa de idade a partir dos 50 anos, numa alusão aos cabelos grisalhos) estão chegando ao mercado de trabalho com mais conhecimento, melhor qualificação profissional e educacional, componentes que agradam bastante às empresas que estão contratando.
Essa geração mais velha que está voltando com força ao mercado de trabalho, além de mais escolarizadas que gerações anteriores, chega também com melhores condições de saúde e melhor preparação tecnológica, mais afeita a se adaptar aos novos avanços tecnológicos inerentes ao trabalho.
O maior volume de vagas ocupadas está se dando de modo elevado no segmento de Serviços, o setor que tem apresentado maior crescimento nessa nova etapa da economia nacional. Lembre-se aqui que o saldo de vagas formais nessa atividade de serviços cresceu 15,4% até agora em 2024 — é o setor que reúne o maior contingente de trabalhadores formais ocupados. E o ritmo de absorção de trabalhadores no mercado formal em 2024, até outubro, foi maior na faixa de 50 a 59 anos. O segmento de serviços, respondeu por mais de 70% (73,4%) das 55.851 novas vagas formais nessa idade.
Por José Osmando