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Em dois anos, já são 3,1 milhões de nordestinos fora da pobreza extrema | José Osmando

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Desde o início de 2023, nada menos do que  3,1 milhões de pessoas deixaram o desgraçado estágio de extrema pobreza no Nordeste brasileiro, em razão da combinação do mercado econômico aquecido- com maior oferta de empregos e aumento de renda-, e a vigência de programas sociais  aplicados pelo Governo Federal, com especial destaque para o Bolsa Família. Isso significa uma queda de 1/3 entre todos os brasileiros retirados da linha de pobreza extrema, em apenas dois anos.

Esse elevado número de pessoas saindo do espectro da fome, corresponde a 60,7% do total de 5,1 milhões de nordestinos que se encontravam nesse cenário desprezível até o final de 2022. O Nordeste é, assim, proporcionalmente, a região do país que registrou a maior redução nesse contingente de muito pobres. Das cinco regiões do país, houve queda na pobreza extrema em quatro delas e apenas o Norte ficou com percentual acima da média nacional.  

Os indicadores dessa realidade estão no levantamento FGV IBGE, da Fundação Getúlio Vargas. Outro detalhe bastante expressivo, além dos 3,1 milhões que saíram da linha de pobreza extrema, é que 6,5 milhões de pessoas no Nordeste superaram o patamar de renda mínimo fixado pelo Banco Mundial, equivalente a R$ 218 por mês, ou menos. 

Conforme analistas do estudo da FGV, o aumento do emprego, e também da renda, que são uma realidade no novo momento econômico da região, vem tendo forte influência nessa elevação de patamar das pessoas, mas admitem que considerando a focalização de programas sociais de transferência de renda, obviamente que o Bolsa Família tem papel decisivo e preponderante.

O estudo da FGV também é revelador de outro dado enormemente animador em relação aos nordestinos. Foi o  Nordeste, entre 2022 e 2024, a região brasileira em que mais se registrou aumento de renda domiciliar, com um salto de 20,2%, reduzindo sensivelmente a desigualdade de renda em relação aos padrões nacionais, embora, ainda assim, permaneça como a mais elevada do país.

Nesse aspecto, entre as 27 unidades da federação, nenhum Estado do Nordeste figura na metade de cima da renda familiar e seis deles se encontram no terço mais pobre, com destaque para o Maranhão(R$ 1.078) e Ceará (1.210), correspondendo ao último e ao penúltimos figurantes da lista nacional. 

Outra avaliação positiva relativa ao Bolsa Família- que se trata de um programa de transferência de renda muito forte e abrangente-, é que ele apresenta três significativas virtudes: o alívio imediato da pobreza, sobretudo no combate à fome; a criação de pré-condições para a mobilidade social via saúde e educação para crianças, que são condicionantes obrigatórias do programa, e a preparação dos beneficiários, sobretudo de mulheres e pessoas mais jovens, para uma saída emancipatória por meio do emprego formal e do empreendedorismo individual e familiar.

Por José Osmando

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