Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgado hoje, mostra que o Brasil, apesar de ainda permanecer mergulhado em profundas desigualdades sociais, avançou cinco posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), pulando da 89ª para a 84ª colocação no rol dos 193 países avaliados.
O levantamento usou como base os números de cada nação apresentados em 2023.
A pontuação do Brasil subiu para 0,786, em uma escala que vai de 0 a 1. Em 2022, o país alcançara um IDH de 0,760. O IDH é um indicador criado pela ONU para medir o progresso dos países com fundamento em três dimensões: expectativa de vida, acesso à educação e renda per capta.
Embora tenha avançado em dois dos três aspectos avaliados ( aumento de renda e expectativa de vida, com melhoria na saúde), o Brasil não teve avanço na educação
Entre os motivos que levaram o Brasil a melhorar suas condições no IDH, chama a atenção o fato de o país ter aumentado principalmente a renda nacional bruta per capta e à recuperação e avanços nos indicadores de saúde, com a expectativa de vida voltando a crescer pela primeira vez desde 2019, uma condição que se deteriorou com o advento da pandemia da Covid-19.
BRASIL INSTALA 5ª CONFERÊNCIA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
De olho na Conferência Global do Clima, a COP30, que se realizará no mês de novembro em Belém, no Pará, evento que reunirá governantes e especialistas ambientais de quase todo o mundo, o Brasil instalou neste dia 6 de maio a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, sob a coordenação da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente.
O evento se desenvolve em Brasília até o dia 9, tendo como tema central a emergência climática.
A estratégia da Conferência é debater as formas que teremos para transitarmos para um Brasil mais resiliente, menos vuilnerável às mudanças climáticas, sendo capaz de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, causadores dos desastres ecológicos, e com isso dar ao mundo grande contribuição.
A pauta da Conferência trata de temas como mitigação, adaptação e preparação de desastres, justiça climática, transformação ecológica, governança e educação ambiental.
O evento é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), correalizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB), conta com apoio do Ministério da Educação (MEC) e Apply Brasil.
CONCLAVE COMEÇA COM CARDEAL ACUSANDO INFLUÊNCIAS POLÍTICAS
Quem assistiu ao bom e contundente filme “Conclave”, notável produção sobre a escolha de um novo Papa no Vaticano, pode agora ter a certeza de que as tramas montadas para a construção da história estão muito longe de ser ficção.
As semelhanças com a realidade que será posta em prática a partir de hoje, com a instalação do colegiado que vai apontar o substituto de Francisco, ficaram ontem evidentes diante da declaração do cardeal italiano Agostinho Marchetto, de que “há influências políticas sobre os cardeais”.
Embora não tenha direito a voto, pois já está com 85 anos de idade, sendo nomeado cardeal peplo Papa Francisco em 2023, mesmo sabendo que não teria direito a voto, o representante italiano é respeitado integrante do cardinalato, com elogiável trabalho prestado à Igreja e por ser considerado como o maior intérprete do Concílio Vaticano II.
O filme “Conclave” explora as tramas políticas que ocorrem durante a eleição de um novo papa, retratando as tensões psicológicas e as disputas de poder entre cardeais, colocando em lados opostos as alas conservadoras contra os progressistas, uns tentando convencer os outros sobre suas convicções ideológicas.
Isso se verá claramente no grande Conclave que começa nesta quarta-feira.
Enquanto os que aplaudem o vigoroso trabalho do Papa Francisco em favor das minorias, contra as guerras, em favor do planeta terra e por mais direitos e liberdade para os excluídos, desejam que o substituto esteja à altura desse desempenho humanitário, outros, os que querem uma Igreja voltada para dentro, alheia às questões graves do mundo, mantendo-se conservadora, apenas evangelizadora, vão preferir que o escolhido tenha perfil diferente do que Francisco nos apresentou.
Por José Osmando