Um vídeo vazado de Rebeca Andrade realizando um novo salto gerou tensão entre a ginástica e o Comitê Olímpico do Brasil (COB). A divulgação do salto, que era mantido em segredo, desencadeou uma série de reações dentro da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que tinha um planejamento específico para revelar o novo salto em momento oportuno.

O salto em questão, um Triplo Twist Yurshenko (TTY), nunca foi executado em competições internacionais e, portanto, não está incluído no código de pontuação atual. Considerado um dos “segredos” de Rebeca, a estratégia era revelá-lo mais próximo das Olimpíadas para surpreender as adversárias, como Simone Biles, e aumentar a pressão sobre elas.

A relação entre o COB e a CBG também foi questionada, com a percepção de que o COB excede ao usar a imagem das ginastas. Visitas frequentes da comunicação do COB ao Centro de Treinamento da Modalidade foram mencionadas, levantando preocupações sobre o acesso privilegiado às ginastas em comparação com atletas de outras modalidades.

A CBG pretende reforçar a proteção das atletas durante os Jogos Olímpicos em Paris, limitando não apenas o acesso da imprensa, mas também da comunicação do COB. O COB, ao ser questionado sobre a divulgação do vídeo do “segredo” de Rebeca, destacou a parceria estreita com a CBG e o sucesso conjunto na preparação dos atletas.

Essa situação evidencia a complexidade técnica e política envolvida na ginástica artística de alto nível, onde estratégias, segredos e relações institucionais desempenham papéis significativos no cenário esportivo. A divulgação prematura do salto de Rebeca levanta debates sobre ética esportiva e proteção dos interesses das atletas em competições de alto nível.