A equipe brasileira de Rugby Sevens se destacou no Circuito Mundial na última temporada, mantendose entre as dez melhores seleções do mundo. O nome mais celebrado dessa jornada é o de Thalia Costa, que foi eleita uma das sete melhores jogadoras do circuito na temporada 2024/2025. A atuação brilhante da maranhense ajudou o Brasil a se consolidar entre as principais equipes globais. Aos 27 anos, Thalia tem se tornado uma figura histórica no rugby sevens brasileiro.
O papel de protagonista que ela assumiu nas Yaras é um reflexo de sua determinação e talento. Thalia comentou sobre sua trajetória, expressando a realização de um sonho antigo ao alcançar essa posição de destaque: “Essa é uma grande conquista. Sempre me imaginei nesse lugar, mas nunca achei que concretizaria esse sonho algum dia”. Nesta temporada, Thalia também alcançou outro marco inédito ao ser a primeira brasileira a ultrapassar a marca de 100 tries no Circuito Mundial.
Originária de São Luís do Maranhão, Thalia começou sua carreira esportiva no atletismo, nas provas de velocidade (100m e 200m), antes de descobrir o rugby em 2017. A transição para o rugby aconteceu graças à insistência de um amigo que a convidou para um treino. Desde o primeiro contato com a modalidade, Thalia se apaixonou pelo esporte.
Em 2019, junto com sua irmã gêmea Thalita Costa, Thalia mudou-se para São Paulo, um divisor de águas em sua carreira. Ela relata o quão significativo foi esse período de transição e adaptação ao rugby, destacando a dedicação necessária para aprimorar suas habilidades.
Eleita entre as sete melhores jogadoras da temporada 2024-25, Thalia dividiu o reconhecimento com atletas de renome mundial, como as neozelandesas Michaela Brake, Jorja Miller e Risi Pouri-Lane, as australianas Maddison Levi e Isabella Nasser, além da japonesa Marin Kajiki. Ao final da trajetória, acumulou um total de 119 tries, se posicionando como a 14ª maior artilheira da história do Circuito Mundial.
Thalia destaca sua evolução constante em termos de agilidade e visão de jogo, fatores que contribuíram para o avanço da equipe como um todo. O ciclo do Circuito Mundial culminou em abril, reforçando o domínio da Nova Zelândia como campeã. Em contrapartida, as Yaras se destacaram na Repescagem Mundial em Los Angeles, consolidando sua posição entre as melhores, após vitórias sobre Colômbia, Quênia e Espanha, assegurando o nono lugar.
Antecipando mudanças estruturais no Circuito Mundial, o Brasil garantiu a participação no “SVNS 2” para a temporada 2025-26. Thalia enfim tornou-se um símbolo do crescimento do rugby feminino no país. Sob sua liderança, a seleção brasileira conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos em Santiago 2023 e disputou as edições olímpicas de Tóquio 2020 e Paris 2024.
Quando não está em campo, Thalia se dedica à sua formação acadêmica em fisioterapia, enquanto acompanha jogos de vôlei, seu segundo amor esportivo. Com novos desafios pela frente, ela segue para sua primeira experiência internacional no clube japonês Mie Pearls. A atleta vê essa mudança como uma chance de crescimento pessoal e profissional, destacando o apoio de sua técnica, Crystal Kaua, como fundamental nessa nova etapa. “Quero aproveitar a oportunidade para seguir crescendo como atleta, aprender a viver em uma cultura diferente da nossa e ajudar a equipe a obter grandes resultados na liga nacional.”
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Thalia Costa faz história no rugby sevens, tornando-se a primeira brasileira a superar 100 tries no Circuito Mundial. Nomeada uma das sete melhores jogadoras da temporada 2024/25, a maranhense de 27 anos é destaque no rugby feminino, ajudando o Brasil a garantir posição no top-10. Thalia começou no rugby em 2017, após se destacar no atletismo. Ao lado da irmã, mudou-se para São Paulo em 2019 para se dedicar integralmente ao esporte. Agora, ela embarca para uma nova fase no Japão, jogando pelo Mie Pearls. Foto: Rugby Brasil.