O Brasil adicionou outra página gloriosa ao seu livro dourado do surfe nesta segunda-feira, dia 5, quando Tatiana Weston-Webb e Gabriel Medina conquistaram medalhas nas prestigiadas ondas de Teahupo’o, no Taiti, durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Em uma exibição de pura maestria e resiliência, ambos os surfistas subiram ao pódio, com Tatiana assegurando uma medalha de prata e Gabriel conquistando o bronze. Com isso, eles se juntam a Italo Ferreira na galeria de campeões olímpicos do surfe brasileiro.
Após um período de três dias de espera, as condições se apresentaram ideais, com ondas alcançando entre 4 e 8 pés, no último dia possível da janela de competições. No caminho até a final, Tatiana Weston-Webb enfrentou desafios consideráveis. Na semifinal, ela superou a costarriquenha Brisa Hennessy com uma pontuação de 13.66 a 6.17. Contudo, na disputa pelo ouro, a brasileira encontrou pela frente a americana Caroline Marks, atual campeã mundial. A decisão foi acirrada até o fim; Tati necessitava de uma nota 4.68 na última onda para virar a bateria. Sua performance lhe rendeu uma nota de 4.50, resultando na soma final de 10.33 contra os 10.50 da adversária, e garantindo assim a prata.
A caminhada de Tatiana até a medalha não foi fácil. Na primeira rodada, ela ficou em segundo lugar, o que a obrigou a passar pela repescagem. Desde então, a “capitã” do surfe feminino acionou seu modo competitivo até a conquista do pódio. “Nada mais do que orgulho de mim porque, realmente, foi bastante trabalho, né”, refletiu Tati. “Eu cometi uns erros na bateria, eu poderia pegar umas ondas maiores ou melhores. São coisas pequenas que fazem a diferença. Para mim, prata é um sucesso gigante, estou muito orgulhosa. Muito obrigada pela torcida!”.
Gabriel Medina, por sua vez, superou o peruano Alonso Correa na disputa pelo bronze com uma pontuação de 15.54 a 12.43. Sua jornada olímpica também foi marcada por momentos de aperto e superação. No entanto, foi na semifinal que ele encontrou um grande obstáculo. Em uma revanche da última etapa do Circuito Mundial no Taiti, Medina foi derrotado pelo australiano Jack Robinson em uma bateria que teve poucas ondas. Comentando sua conquista, ele destacou: “Eu queria muito uma medalha olímpica, era meu objetivo vindo pra cá. Claro que eu queria estar na final, mas tivemos outra oportunidade de lutar pelo bronze e não quis deixar escapar. Essa medalha tem que ir pra casa. Eu fico feliz de ter conquistado. Veio mais onda, tive mais oportunidade e, graças a Deus, conseguimos conquistar o bronze”.
Durante a campanha olímpica nas ondas de Teahupo’o, que são suas favoritas, Medina mostrou um desempenho formidável, vencendo todas as baterias que disputou e registrando a maior pontuação do evento: 9,90, ilustrada por uma foto que viralizou globalmente. Este resultado cumpre seu maior objetivo do ano e é um reflexo de sua carreira vitoriosa, que inclui três títulos mundiais (2014, 2018 e 2021) e 18 troféus de etapas da elite do surfe.
Com essas conquistas, o surfe brasileiro agora acumula três medalhas olímpicas em apenas duas edições dos Jogos desde que a modalidade foi incluída no programa olímpico. Nas Olimpíadas de Tóquio 2020, Italo Ferreira já havia feito história ao se tornar o primeiro campeão olímpico do surfe.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Time BrasilTati Weston-Webb e Gabriel Medina são medalhistas olímpicos nas ondas de Teahupo´oBrasileiros brilham no Taiti com uma prata e um bronze nos Jogos Olímpicos Paris 2024Tatiana Weston-Webb surfa na final olímpica. Foto: William Lucas/COBTagsJogos Olímpicos Paris 2024Navegue por tópicosO Brasil escreveu nesta segunda-feira, dia 5, mais um capítulo inesquecível na história do surfe mundial. Nas míticas ondas de Teahupo´o, no Taiti, Tatiana Weston-Webb e Gabriel Medina conquistaram medalhas de prata e bronze, respectivamente, e se juntaram a Italo Ferreira na galeria de conquistas olímpicas na modalidade. Depois de três dias de espera, a competição aconteceu em um mar com ondas de 4 a 8 pés de frente e no último dia possível de janela.Após vencer a costarriquenha Brisa Hennessy na semifinal por 13.66 a 6.17, na decisão do ouro Tati teve pela frente a americana Caroline Marks, atual campeã mundial. Tati se manteve na briga até a última onda, quando precisava de um 4.68 pra virar a bateria. A nota de 4.50 decidiu pela prata da brasileira, que somou 10.33 contra 10.50 da adversária.A trajetória de Tati até a medalha teve um percalço na primeira rodada, quando a brasileira ficou na segunda colocação e teve que disputar a repescagem para se manter viva na competição. A partir daí, a “capitã” do surfe feminino, como é chamada entre as atletas, ligou seu modo competitivo e não parou mais.”Nada mais do que orgulho de mim porque, realmente, foi bastante trabalho, né. Eu cometi uns erros na bateria, eu poderia pegar umas ondas maiores ou melhores”, refletiu Tati. “São coisas pequenas, assim, que realmente fazem a diferença e essa vez não deu pra mim, mas, para mim, prata é um sucesso gigante, estou muito orgulhosa. Muito obrigada pela torcida!”.Já Medina, para chegar ao sonhado pódio olímpico, venceu o peruano Alonso Correa na disputa do bronze por 15.54 a 12.43. Gabriel Medina conquista medalha de bronze na modalidade. Foto: William Lucas/COB”Eu queria muito uma medalha olímpica, era meu objetivo vindo pra cá. Claro que eu queria estar na final, mas a gente teve uma outra oportunidade de ir pra cima do bronze e não quis deixar escapar. Tóquio foi uma semifinal que ficou na minha cabeça. Eu falei, “pô, de novo não”. Essa medalha tem que ir pra casa. E eu fico feliz de ter conquistado. Veio mais onda, tive mais oportunidade e, graças a Deus, conseguimos conquistar o bronze”, celebrou Medina.Na semifinal, em uma revanche da última etapa do Circuito Mundial no Taiti, ele foi superado pelo australiano Jack Robinson em uma bateria de pouquíssimas ondas.Na campanha olímpica em Teahupo´o, sua onda preferida, o brasileiro venceu todas as baterias que disputou e fez a maior nota do evento: 9,90, com direito a uma foto que viralizou no mundo todo. O resultado concretiza o maior objetivo de Medina no ano e coroa uma carreira vitoriosa, que já tinha três títulos mundiais no currículo (2014, 2018 e 2021) e 18 troféus de etapas da elite do surfe.Com o resultado, o surfe brasileiro passa a ter três medalhas olímpicas em duas edições que a modalidade está presente no Programa Olímpico. Em Tóquio 2020, Italo Ferreira foi o campeão olímpico.TagsJogos Olímpicos Paris 2024