Com apenas 20 anos, Renan Gallina já se consolida como uma das grandes promessas do atletismo brasileiro. O jovem paranaense de Maringá fez sua estreia olímpica nos Jogos de Paris 2024, avançando à semifinal dos 200m rasos após obter a terceira posição na segunda bateria eliminatória com o tempo de 20s41. Gallina, que já conquistou o ouro nos 200m e no revezamento 4x100m nos Jogos Pan-americanos Santiago 2023, destaca-se não apenas por sua velocidade, mas também por sua humildade e timidez, principalmente quando se trata de interagir com outros atletas famosos na Vila Olímpica.
Apesar de ser um dos 24 melhores atletas do mundo em sua prova, Renan admite certa dificuldade em se aproximar dos ídolos. “Sou um pouco tímido, tenho dificuldade para me comunicar com outros atletas na Vila,” revelou Gallina. “Conversei bastante com o Marcus D’Almeida, que já conhecia do Prêmio Brasil Olímpico. O ambiente da Vila é incrível, poder ver seus ídolos de perto e perceber que eles são iguais a você é bem gratificante. Correr em um estádio com 80 mil pessoas também é uma experiência muito incrível,” acrescentou.
As eliminatórias dos 200m foram intensamente disputadas, com seis baterias de sete atletas cada. Os três primeiros de cada bateria garantiram vaga na semifinal, enquanto os demais foram para a rodada de repescagem. A semifinal dos 200m rasos ocorrerá na quarta-feira (7), e Gallina está otimista. “Estar entre os cinquenta melhores do mundo já é um grande resultado. Estou bem feliz com o que conquistei até agora. O importante foi me qualificar e quebrar o gelo para a semifinal, que será ainda mais difícil. Quero melhorar meu tempo para chegar à final,” afirmou o velocista.
Renan Gallina iniciou sua trajetória no atletismo como saltador em altura. Em 2019, aos 15 anos, estabeleceu o recorde brasileiro sub-16 ao saltar 2,01m. Gradualmente, percebeu que seu talento nas pistas de velocidade poderia levá-lo ainda mais longe. Esta ascensão rápida e sua dedicação ao esporte o tornaram uma figura central na nova geração de velocistas brasileiros.
A delegação brasileira também teve outros atletas em destaque nesta segunda-feira. Alison dos Santos, medalhista olímpico em Tóquio 2020, avançou para a semifinal dos 400m com barreiras, registrando 48s75 na quinta bateria, ao poupar-se após abrir grande vantagem. Matheus Lima, seu pupilo, também avançou ao chegar em segundo lugar na sétima bateria com o tempo de 48s90. “Fiz uma corrida inteligente, focada em entender a pista. Isso influenciará na semifinal para obter um tempo ainda melhor e garantir uma boa raia na final,” explicou Alison.
Infelizmente, nem todos os brasileiros tiveram sucesso. Juliana Campos não ultrapassou os 4,55m no salto com vara feminino, e Chayenne da Silva encerrou sua participação nos 400m com barreiras femininos com 56s56. Lucas Carvalho também não avançou na repescagem dos 400m rasos, terminando com 46s25. Lorraine Martins e Ana Carolina Azevedo não conseguiram passar para a fase seguinte nos 200m femininos, e Tiffani Marinho ficou fora dos 400m rasos após registrar 52s62.
A jornada de Renan Gallina e de seus colegas continua sendo uma fonte de inspiração, refletindo a dedicação e o talento desses atletas que representam o Brasil no cenário internacional. As expectativas agora se voltam para a semifinal, onde Gallina buscará melhorar seu desempenho e, quem sabe, alcançar a tão sonhada final olímpica.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Jovem, veloz e tímido! Renan Gallina chega à semifinal dos 200m mas se diz envergonhado para falar com os astros da Vila OlímpicaParanaense de Maringá começou no salto em altura antes de virar um dos maiores velocistas brasileiros desta geraçãoRenan Gallina em ação na eliminatória dos 200m em Paris – Foto: Wander Roberto/COBNavegue por tópicosCom apenas 20 anos, Renan Gallina já tem em seu currículo o ouro nos 200m rasos e no revezamento 4x100m nos Jogos Pan-americanos Santiago 2023. Nesta segunda-feira (5), o paranaense fez sua estreia olímpica chegando em terceiro na segunda bateria eliminatória dos 200m com o tempo de 20s41, se classificando para a semifinal da prova em Paris 2024. Mesmo sendo uma referência entre os velocistas do Brasil e se colocando entre os 24 melhores atletas do mundo em sua prova, Gallina se disse tímido e com alguma dificuldade para falar com os ídolos na Vila Olímpica.“Apesar da minha tranquilidade aparente, eu sou um pouco tímido. Tenho dificuldade para chegar nos outros atletas na Vila. Mas conversei bastante com o Marcus D’Almeida, que já conhecia do Prêmio Brasil Olímpico. O ambiente da Vila é incrível. Poder ver seus ídolos de perto e ver que eles são iguais a você é bem gratificante. Correr em um estádio com 80 mil pessoas também é muito incrível”, afirmou o jovem.As eliminatórias foram disputadas com seis baterias de sete atletas. Os três primeiros de cada bateria avançaram para a semifinal. Os demais caíram automaticamente para a rodada de repescagem. A semifinal dos 200m rasos será disputada na quarta-feira (7).“Aqui estão os cinquenta melhores do mundo, então ir para uma semifinal já é um grande resultado para mim. Estou bem feliz com o que conquistei. O importante foi ter me qualificado e quebrar o gelo para a semifinal, que vai ser mais puxada ainda. Já estou entre os melhores do mundo, mas quero melhorar ainda mais meu tempo para chegar à final”, disse o velocista nascido em Maringá.Renan Gallina começou a se destacar no atletismo no salto em altura. Em 2019, aos 15 anos, o paranaense chegou a fazer o recorde brasileiro sub-16 da prova ao marcar 2,01m. Aos poucos foi percebendo que poderia ser ainda melhor nas provas de velocidade.Pela manhã, o medalhista olímpico em Tóquio 2020, Alison dos Santos já havia garantido uma vaga na semifinal dos 400m com barreiras. Alison se poupou quando estava muito à frente de seus adversários na bateria cinco, marcou 48s75, e se classificou com tranquilidade. Na próxima fase, Piu terá a companhia do pupilo Matheus Lima, que chegou em segundo lugar na bateria sete com o tempo de 48s90, e também avançou para as semifinais da prova, marcada para a próxima quarta (7). “Fiz uma corrida inteligente, tentando focar em conhecer a pista, perceber se está rápida porque isso influencia bastante em uma prova de barreiras. Agora a gente sabe o que tem que fazer na semifinal para conseguir um tempo ainda melhor e chegar na final em uma boa raia”, disse Alison. “Agora é relaxar, entender o que fazer para correr ainda mais rápido, aproveitar e deixar a mente tranquila, sem aquela adrenalina da estreia.”Os brasileiros não conseguiram avanças nas outras provas do dia. Juliana Campos parou nos 4,55m e se despediu da disputa do salto com vara feminino. Chayenne da Silva fechou a repescagem feminina dos 400m com barreiras com 56s56 e não conseguiu seguir. Lucas Carvalho fez tempo de 46s25 e não passou pela repescagem dos 400m rasos. Lorraine Martins e Ana Carolina Azevedo não avançaram na repescagem dos 200m feminino. Tiffani Marinho fez o tempo de 52s62 nos 400m rasos e não conseguiu se classificar para a próxima fase.
