O judoca brasileiro Rafael Silva, carinhosamente conhecido como Baby, anunciou nesta sexta-feira sua aposentadoria da seleção brasileira e da competição internacional de judô, que será concretizada após os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Aos 37 anos de idade, Baby é um dos atletas mais bem-sucedidos da história do judô brasileiro, com duas medalhas olímpicas e sete em Campeonatos Mundiais.
Neste sábado, ele ainda participa da disputa por equipes, que marcará o encerramento do programa de judô no evento olímpico de Paris. No entanto, em sua despedida individual do tatame, o sonho de medalha foi interrompido cedo. Baby foi eliminado ao perder em sua estreia na categoria pesado (acima de 100kg) para o azeri Ushangi Kokauri no Palais Éphémère da Arena Champs-de-Mars. A derrota veio por meio de uma imobilização que resultou em um ippon, encerrando sua jornada individual olímpica.
Com um olhar melancólico, mas repleto de orgulho, Baby refletiu sobre sua trajetória: “Eu encerro minha participação olímpica [individual] com uma derrota. Olho para trás em uma carreira que consegui muitos resultados. Tenho muito orgulho de estar na minha quarta Olimpíada”, afirmou, evidenciando a gratidão e a satisfação pelos momentos vividos no esporte.
Baby deixa um legado robusto no judô brasileiro. Foi medalhista de bronze nas Olimpíadas de Londres 2012 e Rio 2016, além de ser uma presença constante no pódio em diversos Campeonatos Mundiais ao longo de quase 15 anos. Sua longevidade e consistência no alto nível o tornaram um ícone no judô, especialmente na categoria pesado, reconhecida como uma das mais tradicionais e desafiadoras.
Em sua despedida, Baby também vislumbrou um futuro onde talvez ainda participe de competições nacionais antes de se retirar completamente dos tatames. “Talvez ainda leve mais um pouco em competições nacionais. Mas, com certeza, estou muito próximo da aposentadoria. Eu acho que fiz um bom legado, inspirei novos atletas. Acho que isso foi minha carreira, de demonstrar os valores do esporte e trazer mais gente para o judô”, disse, com um tom reflexivo.
O impacto de Rafael Silva vai além das medalhas e títulos; ele é uma inspiração viva para jovens atletas que sonham em alcançar o topo no judô. Sua carreira serve como um testemunho dos valores do esporte, como a perseverança, a disciplina e a busca contínua por excelência. Embora sua jornada olímpica individual tenha concluído com uma derrota, o exemplo que ele deixa perpetuará nas futuras estrelas do judô brasileiro.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
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