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Olympíadas Paris 2024: Jade Barbosa Lidera Brasil ao Histórico Bronze na Ginástica Artística Feminina

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Jade Barbosa: Uma Trajetória de Perseverança e Triunfo na Ginástica Artística Brasileira

Durante a entrevista que sucedeu a histórica conquista da medalha inédita para a equipe feminina brasileira de ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, o nome de Jade Barbosa ressoou fortemente. O treinador Chico Porath não escondeu sua emoção: “Caramba, a Jade é medalhista olímpica!”. A frase encapsula um sentimento compartilhado por muitos fãs da modalidade, que sempre viram na veterana uma merecedora desse reconhecimento.

Jade Barbosa emergiu como um dos grandes talentos do esporte olímpico brasileiro durante os Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro, em 2007. Um ano mais tarde, ela conquistou o bronze no individual geral no Mundial de Stuttgart. Jade continuaria a brilhar, ganhando outras duas medalhas em competições mundiais, subindo ao pódio em três décadas diferentes: obteve bronze no salto em 2010 e prata por equipes em 2023.

Sua trajetória olímpica, até Paris 2024, incluía duas participações. Em Pequim 2008, ficou em oitavo lugar na competição por equipes, repetindo a colocação nos Jogos do Rio 2016. Uma lesão no tornozelo no Mundial de 2019 a impediu de ajudar a seleção a assegurar uma vaga por equipes para Tóquio 2020, forçando-a a assistir e comentar as conquistas de Rebeca Andrade no Japão, ao invés de competir.

Chegar a Paris 2024 era visto como a última chance para Jade realizar seu sonho olímpico. Ela não poupou esforços, desempenhando um papel fundamental tanto como atleta quanto como mentora para as mais novas. Jade foi a força motivadora, o suporte emocional e até a designer dos collants de treino e competição. Ela secava o chão, preparava as barras, e estava sempre presente para cada detalhe.

“Iryna Ilyashenko, técnica ucraniana, compartilhou: ‘Conheço Jade desde que ela tinha 13 anos. Temos a Rebeca como líder técnica, mas Jade é nossa líder capitã. Ela cuida de tudo, ajuda a equipe como uma base, uma raiz. Estou muito feliz que, com 33 anos, ela finalmente tenha essa medalha’”. As palavras da técnica evidenciam a importância de Jade na equipe, tanto pelo seu talento quanto pela sua experiência e liderança.

Na competição, Jade foi escalada para atuar apenas no último dos quatro aparelhos, mas esteve ativa desde o início. Sua tarefa era preparar as barras assimétricas para as colegas, cuidando atentamente de cada detalhe e assegurando que tudo estivesse perfeito para as apresentações. Quando chegou sua vez, no salto, ela não conseguiu cravar a aterrissagem, mas manteve o foco até o fim. A confirmação da medalha veio após as notas das britânicas na trave, um momento de alívio e realização.

Refletindo sobre sua jornada, Jade comentou: “Eu já competi em Jogos Olímpicos em casa, Jogos Pan-americanos em casa, tenho medalhas em três décadas diferentes. O que eu poderia pedir mais? Deus deu essa medalha às meninas e a mim. Nós trabalhamos mais de 40 anos para esse momento. Hoje, temos uma escola brasileira de ginástica e ganhamos uma medalha mesmo não estando em nossa melhor forma. Isso mostra nossa evolução”.

Jade Barbosa e suas companheiras – Rebeca Andrade, Lorrane Oliveira, Flávia Saraiva e Júlia Soares – fizeram história e impulsionaram o esporte, mostrando ao Brasil e ao mundo que sonhos são alcançáveis com trabalho duro, dedicação e paixão. A ginástica brasileira, outrora desconhecida, agora se destaca como uma potência, pronta para inspirar novas gerações.

Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: [rule_2_plain]

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