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Netinho Conquista Bronze no Taekwondo Após Segunda Chance; Maria Clara Eliminada nas Quartas

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Edival Pontes, conhecido pelo apelido de Netinho, protagonizou uma jornada memorável nos Jogos Olímpicos Paris 2024, que já entrou para a história do esporte brasileiro. Após uma estreia difícil e uma derrota para o jordaniano Zaid Kareem, Netinho conseguiu se reinventar e conquistar a medalha de bronze na categoria até 68kg do taekwondo, transformando uma situação desfavorável em um triunfo de determinação e superação.

A reviravolta de Netinho começou quando Zaid Kareem, seu algoz na primeira rodada, avançou para a final, permitindo que o brasileiro entrasse na repescagem. Após esperar ansiosamente por oito horas, Netinho não desperdiçou a segunda chance. Ele derrotou seus adversários na repescagem, culminando com uma vitória emocionante sobre o espanhol Javier Polo Perez por 2 rounds a 1, em uma luta que manteve os espectadores na ponta dos pés até o último segundo.

Esta medalha de bronze é um marco significativo para o taekwondo brasileiro nas Olimpíadas. Antes de Netinho, apenas Natalia Falavigna e Maicon Andrade haviam alcançado tal feito, em Pequim 2008 e Rio 2016, respectivamente. Com esta conquista, o Brasil acumula agora 15 medalhas na capital francesa, demonstrando a força do esporte nacional no cenário olímpico.

Enquanto Netinho celebrava sua vitória, Maria Clara Pacheco, uma jovem de 21 anos em sua estreia olímpica, travava uma batalha árdua na categoria até 57kg. Maria Clara superou a australiana Stacey Hymer em seu primeiro combate com um desempenho dominante, mas encontrou um desafio formidável na número 1 do mundo, a chinesa Zongshi Luo, nas quartas de final. Apesar de uma luta corajosa onde quase superou a favorita, Maria Clara foi eliminada após Luo também perder nas semifinais, encerrando assim o sonho da brasileira de disputar uma medalha.

A trajetória de Netinho, marcada pela experiência acumulada em duas décadas dedicadas ao taekwondo, é um testemunho de determinação e resiliência. “Estou experiente, muito experiente com toda a minha carreira. Com 26 anos, tenho 20 anos de taekwondo e estava me sentindo no meu auge. Quando perdi a primeira luta, não entendia o que estava acontecendo. Mas depois que ganhei do Hakan Reçber e vi Zaid na final, minha motivação voltou. Pensei: ‘É agora, vou conquistar essa medalha de bronze’. E deu certo”, disse o emocionado atleta.

Netinho enfrentou uma verdadeira montanha-russa de emoções e desafios. Na repescagem, superou o próprio Hakan Reçber, campeão mundial dos 63kg e medalhista de bronze em Tóquio 2020, após um combate eletrizante que terminou com uma vitória apertada por 8 a 7. No embate final pelo bronze contra Javier Polo Perez, Netinho demonstrou sua habilidade estratégica, aproveitando as revisões do VAR e mostrando resiliência para garantir a vitória com uma série de chutes precisos e penalidades forçadas no adversário.

Enquanto isso, a jovem Maria Clara Pacheco refletia sobre sua experiência. “Foi uma luta muito difícil, com alguns erros que fizeram a diferença no final”, avaliou Maria Clara. Embora tenha ficado desapontada por não avançar mais adiante, sua performance nos Jogos Olímpicos foi notável, mostrando que o futuro do taekwondo brasileiro é promissor.

Na sexta-feira seguinte, mais dois brasileiros entrariam em ação. Caroline Santos, conhecida como Juma, estrearia na categoria até 67kg contra a tailandesa Sasikarn Tongchan, e Henrique Marques enfrentaria o jordaniano Saleh Elsharabaty na categoria até 80kg, ambos buscando ampliar ainda mais o sucesso do Brasil no taekwondo olímpico.

O heroísmo e a dedicação de atletas como Netinho e Maria Clara definem o espírito olímpico, servindo de exemplo inspirador para futuras gerações de taekwondistas. Edival Pontes, com seu bronze conquistado em Paris, adicionou mais um capítulo glorioso à já rica história do esporte brasileiro.

Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Time BrasilEdival Pontes, o Netinho, ganha 2ª chance graças a algoz e é bronze no taekwondoMaria Clara Pacheco faz luta duríssima contra número 1 do mundo mas se despede nas quartasEdival Pontes “Netinho”, ganhou a medalha de bronze – Foto: Wander Roberto/COBTagsJogos Olímpicos Paris 2024Navegue por tópicosDe derrotado na estreia a medalhista olímpico. A jornada de Edival Pontes, o Netinho, na arena montada no Grand Palais foi de fé, garra e, acima de tudo, técnica e força mental. Superado pelo jordaniano Zaid Kareem na primeira rodada, Netinho teve a oportunidade de disputar a repescagem devido à classificação do algoz para a disputa pelo ouro. Não desperdiçou a segunda chance. Após oito horas de espera, venceu duas lutas pela categoria até 68kg e voltará dos Jogos Olímpicos Paris 2024 com um bronze na bagagem.A luta que consagrou a volta por cima de Netinho foi contra o espanhol Javier Polo Perez, vencida por 2 rounds 1 pelo brasileiro, com emoção até o último segundo.Esta é a 15º medalha do Brasil na capital francesa e a terceira do taekwondo brasileiro nos Jogos. Antes de Netinho subiram ao pódio olímpico Natalia Falavigna, bronze em Pequim 2008, e Maicon Andrade, também bronze na Rio 2016.Maria Clara Pacheco, estreante de 21 anos, se despediu nas quartas de final da categoria até 57kg. Venceu o primeiro combate e quase passou pela número 1 do mundo, a chinesa Zongshi Luo, mas foi superada e, posteriormente, eliminada, com a derrota da algoz nas semifinais.Nesta sexta-feira outros dois brasileiros estarão em ação no taekwondo. Caroline Santos, a Juma, estreará na categoria até 67kg diante da tailandesa Sasikarn Tongchan, enquanto Henrique Marques lutará na categoria até 80kg tendo o jordaniano Saleh Elsharabaty como adversário no primeiro combate. “Estou experiente, muito experiente com toda a minha carreira, com 26 anos, tenho 20 anos de taekwondo e estava me sentindo no meu auge, estava muito bem e quando eu perdi a primeira luta eu não entendia, ficava perguntando a “meu Deus, o que é que está acontecendo? Estou bem fisicamente, estou no meu auge com a experiência que eu tenho e não vai ser agora?” Então eu acho que depois que eu ganhei ali do Hakan, do Turco, e o Zaid foi pra final, acho que abriu uma luz na minha cabeça e falou “po, Netinho, é agora, é a de bronze”, então eu levei isso pro fundo do meu coração, falei que ninguém vai tirar isso de mim e, graças a Deus, deu tudo certo”, disse Netinho. Edival Pontes “Netinho”, ganhou a medalha de bronze – Foto: Wander Roberto/COBJordaniano é algoz e redentor de NetinhoNetinho teve uma pedreira de cara, o jordaniano Zaid Kareem, cabeça de chave número 6 na categoria até 68kg e para quem já havia perdido anteriormente. O adversário foi muito eficiente nos chutes na cabeça e venceu o primeiro round por 9 a 2. Com ajuda da revisão do VAR, Netinho conseguiu o empate com 6 a 5 no segundo round. No terceiro, apesar do esforço do brasileiro, novamente o jordaniano foi superior nos chutes na cabeça e venceu por 9 a 3.Restava a Netinho torcer pelo próprio algoz para voltar à disputa na repescagem. Kareem fez a parte dele, venceu Hakan Reçber e o britânico Bradly Sinden e se classificou para a disputa do ouro. Emocionado, se ajoelhou no tapete incrédulo. Ali abria também margem para Netinho ter sua segunda chance.O caminho seria duro. O primeiro adversário foi Hakan Reçber, medalhista de bronze nos 68kg em Tóquio 2020 tendo eliminado o próprio Netinho nas oitavas e atual campeão mundial dos 63kg, categoria não-olímpica. Netinho abriu o primeiro round 6 a 0 com dois chutes na cabeça, mas viu o adversário virar com uma sequência intensa de golpes na curta distância. Netinho se recuperou e, em uma penalização do rival, venceu por 8 a 7.No segundo round turco abriu 2 a 0 com um chute no tronco, mas cedeu o empate ao cair duas vezes tentando chutes altos e se desequilibrar. Com uma punição para cada lado, o placar terminou empatado, mas o turco levou a melhor por ter disferido um golpe, enquanto o brasileiro pontuou apenas através de penalizações.O terceiro round começou com os dois taekwondistas se estudando muito, mas Netinho conseguiu encaixar dois chutes no tronco e forçou faltas do adversário. No final recuou e deixou a área de luta para gastar o tempo e selou a vitória com um 7 a 1.Faltava ainda a luta pelo bronze contra Javier Polo Perez. O espanhol saiu na frente com um chute no tronco, mas Netinho virou com um chute na cabeça contabilizado após apelação no VAR. O brasileiro saiu da área de combate para gastar o tempo restante e foi punido, mas o 3 a 3 no placar o dava a vitória no round.No segundo round foi a vez de Perez levar o ponto de chute na cabeça após a revisão por vídeo. O espanhol abriu 5 a 0 com um golpe no tronco e resistiu à reação de Netinho, que conseguiu um chute na cabeça e uma punição, mas perdeu por 6 a 4. No terceiro e último round, tensão máxima. O brasileiro conseguiu dois chutes no tronco e abriu 4 a 0, mas recebeu duas punições ao recuar e gastar o tempo. Uma pausa estratégia deu o respiro que Netinho precisava. Mesmo com mais uma punição, selou o bronze da redenção.Maria Clara Pacheco cai diante da número 1 do mundoPela categoria até 57kg, Maria Clara dominou o primeiro combate contra a australiana Stacey Hymer, número 14 do mundo. Liderou as ações e foi muito mais agressiva. Com dois chutes no tronco em contra-ataques e uma punição da adversária venceu o primeiro round por 5 a 0. No segundo nenhuma das atletas pontuou, mas como a brasileira foi quem chegou mais perto nas tentativas, levou a vantagem e venceu por 2 rounds a 0. Maria Clara Pacheco (vermelho) – Foto: Wander Roberto/COBNas quartas, uma pedreira pela frente: Zongshi Luo, número 1 do mundo. A brasileira derrubou a chinesa no primeiro round e, perfeita na defesa, venceu por 1 a 0. Na segunda parcial a adversária conseguiu se valer da maior envergadura para fazer 3 a 2 e igualar o placar. No terceiro round, os 12 centímetros a mais novamente fizeram a diferença para chutes na cabeça, e a chinesa venceu por 3 a 2, 2 a 1 em rounds.“Foi uma luta muito difícil, com alguns erros que fizeram a diferença no final. Ela é a número 1 do mundo em todos os quesitos, ranking, Campeonato Mundial, etapas de Grand Prix… A gente tinha uma expectativa boa, mas assumo a responsabilidade de um vacilo no segundo round. Estou bem chateada de ter perdido”, analisou a brasileira.Para conquistar a medalha, Maria Clara precisava torcer para que Luo fosse finalista e, assim, a permitisse disputar a repescagem pelo bronze. A chinesa, no entanto, foi surpreendida pela sul-coreana Yujin Ki, número 29 do ranking, nas semifinais, e a brasileira acabou eliminada.TagsJogos Olímpicos Paris 2024

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