Neste sábado, 3 de dezembro, foi anunciado oficialmente que as baterias do surfe dos Jogos Olímpicos Paris 2024 estão temporariamente suspensas, o que impactou diretamente os planos dos surfistas brasileiros Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb, ambos classificados para as semifinais da competição. Com essa mudança, os atletas ganharam dois dias adicionais para se prepararem para a fase decisiva, que está agora programada para acontecer na segunda-feira, dia 5 de dezembro, último dia da janela oficial de competições. A organização dos Jogos ainda divulgará o horário exato das baterias.
Os adiamentos devido a más condições das ondas são comuns no mundo do surfe e fazem parte da vida dos atletas que competem regularmente. Tanto Gabriel Medina quanto Tatiana Weston-Webb são experientes e sabem como lidar com essas situações de espera. Eles compreendem a importância de manter o foco e a preparação, mesmo durante os períodos de inatividade forçada.
Tatiana Weston-Webb, que enfrentará Brisa Hennessy, da Costa Rica, por um lugar na final olímpica, compartilhou um pouco de sua perspectiva sobre o adiamento. “Realmente não é fácil esperar, especialmente sendo na semifinal, mas faz parte do nosso esporte. Já estamos acostumadas com isso e agora é só se preparar mentalmente e fisicamente para segunda-feira. Não há muito o que fazer, a não ser se adaptar da melhor forma e ir com tudo. Sinto um pouco de ansiedade, mas sei que isso não está no meu controle e que só posso controlar o que faço durante a bateria. Estou super confiante com o meu surfe, especialmente nessa onda, então se Deus quiser vai dar tudo certo. Já estou bem orgulhosa de mim mesma, mas tem mais pela frente”, afirmou.
Neste domingo, 4 de dezembro, em que novamente não haverá competições, os atletas brasileiros continuarão a usar seu tempo de forma produtiva. De manhã e à tarde, tanto Gabriel Medina quanto Tatiana Weston-Webb treinaram no mar para manter a prática do esporte. Além disso, dedicaram tempo aos treinos físicos, alongamentos e atividades recreativas que ajudam a aliviar a ansiedade, como jogar pingue-pongue, ler e criar conteúdo para redes sociais. Tatiana também aproveitou a oportunidade para se conectar culturalmente com o Taiti, participando de uma oficina de criação de coroas de flores típicas e realizando uma pintura em homenagem a Teahupo’o.
Apesar do fuso horário desfavorável em relação a Paris, a torcida pelos atletas do Time Brasil continua intensa, com celebrações após as conquistas de medalhas na ginástica artística, judô e a vitória do futebol feminino brasileiro contra a França. Gabriel Medina, que enfrentará o australiano Jack Robinson na semifinal, comentou sobre sua experiência: “Estou aproveitando intensamente cada momento destes Jogos Olímpicos aqui em Teahupo’o. Eu amo esse lugar e toda essa energia me faz muito bem. Estamos com uma estrutura incrível aqui na casa do Time Brasil e num clima muito bom entre todos. Temos que saber lidar com esses momentos sem onda, que fazem parte da rotina do surfe. Eu procuro não pensar muito e viver o momento presente. Agora é a reta final. Faltam duas baterias e vai dar tudo certo”.
A estrutura disponibilizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) no Taiti tem sido crucial para o bem-estar dos atletas, oferecendo serviços de performance, privacidade, equipamentos de preparação física, fisioterapia e atendimento médico. As refeições preparadas por uma equipe de cozinheiros locais também proporcionam um momento de convivência e descontração, reforçando o espírito de equipe. A presença de familiares, mesmo que em horários determinados, contribui para aumentar o conforto e a sensação de acolhimento.
Uma nova chamada oficial na manhã de segunda-feira, 5 de dezembro, no Taiti, anunciará o início das disputas semifinais, momento aguardado com expectativa por todos os envolvidos.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
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