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Isaquias Queiroz conquista prata no C1 1000m em Paris 2024 e atinge cinco medalhas olímpicas.

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Isaquias Queiroz, grande nome da canoagem brasileira, brilhou novamente ao conquistar a medalha de prata no C1 1000m em Paris 2024. Com esse feito, ele agora possui um impressionante total de cinco medalhas olímpicas, consolidando-se como um dos maiores atletas do país. A prova foi emocionante, e Isaquias, exibindo força e dedicação, cruzou a linha de chegada com o tempo de 3:44:33, ficando atrás apenas do tcheco Martin Fuksa, que cravou 3:43:16, e à frente do moldavo Serghei Tarnovschi, terceiro colocado com 3:44:68.

Após a disputa acirrada do C2 500m, Isaquias havia prometido, em espírito combativo, que levantaria a cabeça e representaria com honra todo o seu time de Lagoa Santa. E ele o fez com dignidade e determinação. Sua vitória representa não apenas uma conquista pessoal, mas também a consolidação do Brasil na canoagem velocidade, uma modalidade que aos poucos vem ganhando mais destaque e reconhecimentos no cenário mundial graças à dedicação e perseverança de atletas como ele.

Isaquias se junta agora a lendas do esporte brasileiro como Robert Scheidt e Torben Grael, ambos com cinco medalhas olímpicas, ficando atrás apenas da ginasta Rebeca Andrade, que atingiu a marca de seis medalhas nesta edição dos Jogos. A prata em Paris 2024 se soma às suas conquistas anteriores: ouro no C1 1000m em Tóquio 2020, e três medalhas nos Jogos de Rio 2016 – prata no C1 1000m, prata no C2 500m e bronze no C1 200m.

O canoísta baiano expressou sua gratidão e emoção após a vitória. Ele revisitou memórias importantes que o motivaram durante a prova. “No finalzinho da prova eu lembrei que meu filho pediu a medalha de ouro. A de ouro não deu, mas fico feliz de poder subir ao pódio e agora vou entregar essa medalha para ele. Esse é o meu presente para todo mundo do Brasil. Muito obrigado por acreditar em mim. Sou muito grato a todos pelo reconhecimento. Hoje o Brasil inteiro sabe o que é a canoagem de velocidade”, declarou emocionado.

A jornada de Isaquias para a final não foi fácil. Antes de alcançar a medalha, ele precisou disputar a semifinal, onde com o tempo de 3:44:80 obteve a 3ª colocação geral, avançando à final ao ficar em segundo na sua bateria inicial. Mesmo enfrentando adversários formidáveis, como Catalin Chirila, da Romênia, que foi eliminado, Isaquias demonstrou resistência e habilidade.

Em uma confissão sincera sobre o seu ano de altos e baixos, Isaquias afirmou: “A sensação é de alívio, felicidade… muita felicidade. Não foi um ano fácil para mim e para minha esposa. 2023 foi um ano diferente e especial, quando eu percebi o que não é ser campeão mundial e super atleta. E sim ser um humano com problemas físicos e psicológicos. Tive que me remontar. Tive que correr muito para ficar em forma. Não é fácil ficar fora de pódios”, refletiu.

Na quinta-feira anterior, ele e Jacky Godmann, seu parceiro no C2 500m, terminaram em oitavo, longe do pódio, o que serviu de combustível para a sua conquista no C1. “Eu fiquei muito triste de não estar no pódio nas duplas. É um peso que eu tiro das minhas costas agora.”

O sucesso de Isaquias Queiroz é um testemunho de superação. Natural de Ubaitaba, a “cidade das canoas”, na Bahia, sua vida foi marcada por desafios desde a infância, como o acidente grave que lhe custou um rim aos 10 anos de idade. No entanto, sua paixão e talento para a canoagem, descobertos através do projeto Segundo Tempo, levaram-no a se destacar internacionalmente. Agora, com cinco medalhas olímpicas, Isaquias se orgulha de ter “perdido um rim, mas ganho um terceiro pulmão”, como costuma brincar, evidenciando sua inquebrantável resiliência e espírito esportivo.

Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Isaquias Queiroz é prata na canoagem velocidade e chega a cinco medalhas olímpicasCanoísta brasileiro dá arrancada espetacular no fim e segue no pódio olímpico depois de medalhas na Rio 2016 e Tóquio 2020Isaquias Queiroz é medalha de prata no C1 1000m em Paris 2024. Alexandre Loureiro/COBNavegue por tópicosDepois da disputa do C2 500m, Isaquias Queiroz prometeu levantar a cabeça e representar bem, em sua última prova nessa edição dos Jogos Olímpicos, todo o time de Lagoa Santa. E ele conseguiu. Com a cabeça em pé, o peito inflado e muita força nos braços, o maior atleta da história da canoagem velocidade do Brasil conquistou a sua quinta medalha olímpica, a prata no C1 1000m em Paris 2024. O brasileiro cruzou a linha de chegada com o tempo de 3:44:33, sendo superado apenas pelo tcheco Martin Fuksa, ouro, com 3:43:16. Serghei Tarnovschi, da Moldávia, fechou o pódio (3:44:68).Isaquias se coloca assim ao lado de Robert Scheidt e Torben Grael na segunda colocação na lista de atletas brasileiros com mais medalhas olímpicas, com cinco. Eles estão atrás apenas de Rebeca Andrade que, com as quatro conquistadas nessa edição de Jogos Olímpicos, chegou a seis láureas. Além da prata em Paris, Isaquias tem ouro no C1 1000m em Tóquio 2020, prata no C1 1000m e no C2 500m na Rio 2016 e bronze no C1 200m também nos Jogos do Brasil. O sonho de ultrapassar os dois ídolos da Vela na lista ainda está de pé.”No finalzinho da prova eu lembrei que meu filho pediu a medalha de ouro. A de ouro não deu, mas fico feliz de poder subir ao pódio e agora vou entregar essa medalha para ele. Esse é o meu presente para todo mundo do Brasil. Muito obrigado por acreditar em mim. Sou muito grato a todos pelo reconhecimento. Hoje o Brasil inteiro sabe o que é a canoagem de velocidade. Temos que mostrar o resultado para quem investe na gente. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) tem nos ajudado ao longo dos anos. Então tive que sair com a medalha para ajudar o Time Brasil”, declarou Isaquias.Isaquias Queiroz é medalha de prata no C1 1000m em Paris 2024. Alexandre Loureiro/COBNesta sexta, 09, ele começou disputando a semifinal. Com o tempo de 3:44:80, avançou para a final com a 3ª colocação geral e em segundo na forte primeira bateria, na qual Catalin Chirila, da Romênia, que quebrou o recorde olímpico nas eliminatórias, chegou em quinto e foi eliminado. Isaquias ficou atrás apenas do alemão Sebastian Brendel e do tcheco Martin Fuksa.”A sensação é de alívio, felicidade… muita felicidade. Não foi um ano fácil para mim e para minha esposa. 2023 foi um ano diferente e especial, quando eu percebi o que não é ser campeão mundial e super atleta. E sim ser um humano com problemas físicos e psicológicos. Tive que me remontar. Tive que correr muito para ficar em forma. Não é fácil ficar fora de pódios”, contou.Na quinta, Isaquias havia disputado a final do C2 500m ao lado do jovem Jacky Godmann, mas acabou ficando na oitava colocação. A dupla foi quarta colocada em Tóquio e considerava estar ainda mais preparada para a disputa em Paris. A decepção por não ter chegado ao pódio no C2 foi uma motivação a mais para o baiano de Ubaitaba.”Eu fiquei muito triste de não estar no pódio nas duplas. É um peso que eu tiro das minhas costas agora. Poder chegar em Paris, ser medalhista de prata e porta-bandeira. Lógico que a gente fica triste quando perde. Ver os adversários ganhando. Mas acima de tudo fica o respeito. Temos que aceitar quando perdemos. Não significa que somos ruins, e sim que eles foram melhores. Ganha quem tem a unha maior”, concluiu.Quem é Isaquias Queiroz: perfil, biografia e principais resultadosIsaquias nasceu na “cidade das canoas”, significado em tupi-guarani de Ubaitaba, na Bahia. O local de nascimento já predestinava o que o canoísta viria a conquistar remando em uma canoa, mas não sem antes superar alguns obstáculos.O menino cresceu numa família humilde, ao lado de nove irmãos. O pai faleceu quando o campeão Olímpico ainda era criança e a mãe, Dona Dilma, sustentava a casa como servente na rodoviária da cidade. Com apenas três anos de idade, uma panela de água fervente virou sobre Isaquias, que ficou um mês internado, com queimaduras em diversas partes do corpo. Sem se recuperar a ponto de conseguir alta do hospital, Dona Dilma assinou um termo de responsabilidade, o levou para casa e cuidou dele até a recuperação.Isaquias Queiroz agora tem cinco medalhas olímpicas. Foto: Renato do Val/COBAos 10 anos, Isaquias subiu em uma mangueira para ver uma cobra morta, se desequilibrou e caiu de costas em cima de uma pedra. A pancada provocou uma lesão séria no rim, com hemorragia interna, que o levou a uma cirurgia para retirada do órgão. O incidente gerou o apelido de “Sem Rim” ao, agora, cinco vezes medalhista olímpico. Isaquias costuma brincar que “perdeu um rim, mas ganhou um terceiro pulmão”.Pouco tempo depois, a canoagem entrou na vida do garoto. Isaquias começou a participar do projeto Segundo Tempo, que oferecia prática esportiva para crianças e adolescentes de Ubaitaba. O goleiro Isaquias queria o futebol, mas a canoagem velocidade dominou o coração do menino, inspirado por outro filho ilustre da “cidade das canoas”, Jefferson Lacerda, pioneiro da modalidade no Brasil, que competiu em Barcelona 1992, na primeira vez que canoístas brasileiros estiveram nos Jogos.

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