A missão de Evandro e Arthur Lanci nesta terça-feira, 6 de agosto, era desafiadora, enfrentando a dupla número 1 do ranking mundial de vôlei de praia, os suecos David Ahman e Jonatan Hellvig. A partida, realizada na iconográfica arena aos pés da Torre Eiffel, terminou com a derrota dos brasileiros por 2 sets a 0, com parciais de 21/17 e 21/16, encerrando a participação de Evandro e Arthur nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Apesar do resultado adverso, Evandro se recusou a atribuir a derrota ao fato de enfrentar uma dupla mais bem ranqueada. Para ele, o equilíbrio no vôlei de praia atual torna difícil apontar favoritismos prévios. “Hoje não tem uma dupla mais favorita ou menos favorita. Para você ter noção, eles são a dupla número um do mundo, mas passaram em terceiro na chave aqui, e quase vão para a repescagem. Então, não tem time favorito, estamos falando de Olimpíada. Dos 24 times que estiveram aqui, 23 já ganharam uma etapa do Circuito Mundial”, comentou Evandro.

A principal autocrítica de Evandro pós-jogo centrou-se na execução técnica de sua própria dupla. Segundo ele, o sistema de passe e levantamento foi inconsistente em comparação com as partidas anteriores. “A análise que faço desse jogo foi que o meu sistema de passe e levantamento não foi tão bom, como vinha sendo nos outros jogos, por isso nós perdemos. Nosso side out (conjunto dos principais fundamentos) não foi tão efetivo quanto o deles, e não conseguimos ao menos nivelar o jogo”, completou o jogador.

A batalha contra os suecos teve um primeiro set marcado por um forte calor parisiense e pelo apoio do público, formado não apenas por brasileiros mas também por estrangeiros que simpatizavam com a dupla brasileira. Evandro e Arthur conseguiram manter um equilíbrio acirrado na primeira metade do set, com pequenas diferenças no placar, como em 10/8 e 11/9 a favor dos suecos. No entanto, uma série de erros permitiu que os adversários alargassem a vantagem, fechando o set em 21/17.

Já no segundo set, os suecos adotaram uma estratégia menos arriscada, buscando resolver o jogo o mais rapidamente possível. Na metade do set, já lideravam por 10/6, continuando a aplicar seu estilo de jogo característico, que se destaca por dar apenas dois toques na bola antes de enviá-la para o outro lado da rede. Esse estilo eficaz terminou selando a derrota brasileira com o placar final de 21/16.

A presença de uma dupla sueca no topo do vôlei de praia mundial pode surpreender muitos, mas Arthur explicou que isso se deve em grande parte ao aprendizado que eles tiveram com o estilo brasileiro. “O Brasil era o melhor, então eu acho que eles fizeram certo, que era aprender o que tínhamos de melhor. Agora a gente tem que começar um pouquinho a ir para lá também, pegar o que eles estão fazendo de novo, pois meio que eles deram uma revolucionada no esporte, né? Agora é treinar mais e estudar mais o jogo, poder fazer esse intercâmbio também”, concluiu Arthur.

A participação de Evandro e Arthur nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, apesar de ter terminado nas quartas de final, serve como um lembrete do alto nível de competição e do equilíbrio presente no cenário global do vôlei de praia.

Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Time BrasilEvandro e Arthur não resistem a dupla nº 1 do mundo e param nas quartas no vôlei de praia em ParisBrasileiros foram derrotados por 2 sets a 0 pelos suecos Ahman e Hellvig, com parciais de 21/17 e 21/16Evandro e Arthur – Fotos Miriam Jeske/COBTagsJogos Olímpicos Paris 2024Navegue por tópicosA missão não era nada fácil, já que, do outro lado da rede, estava simplesmente a dupla nº 1 do ranking mundial, os suecos David Ahman e Jonatan Hellvig. Na belíssima arena montada aos pés da Torre Eiffel, Evandro e Arthur Lanci lutaram muito, mas não resistiram a um jogo quase perfeito dos adversários e foram derrotados – nesta terça-feira, 06/08 – pelo placar de 2 x 0, não avançando, assim, para a semifinais do torneio de vôlei de praia nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Evandro não atribuiu a derrota ao fato de enfrentar uma dupla mais bem ranqueada, pois crê que o equilíbrio no vôlei de praia hoje é muito alto.“Hoje não tem uma dupla mais favorita ou menos favorita. Para você ter noção, eles são a dupla número um do mundo, mas passaram em terceiro na chave aqui, e quase vão para a repescagem. Então, não tem time favorito, estamos falando de Olimpíada. Para se ter uma ideia do equilíbrio, dos 24 times que estiveram aqui, 23 já ganharam uma etapa do Circuito Mundial”.Segundo Evandro, faltou encaixar um pouco mais o jogo de sua dupla, como ocorreu nas partidas anteriores.“A análise que faço desse jogo foi que o meu sistema de passe e levantamento não foi tão bom, como vinha sendo nos outros jogos, por isso nós perdemos. O nosso side out (conjunto dos principais fundamentos) não foi tão efetivo como o deles, e não conseguimos ao menos nivelar o jogo”, completou.Sob forte calor que fazia na capital francesa e contando com o apoio do público – formado por brasileiros e estrangeiros simpatizantes à nossa dupla –, Evandro e Arthur Linci conseguiu equilibrar uma boa parte do primeiro set. A diferença no placar, a favor dos suecos, até a metade do período, se mantinha em no máximo dois pontos, como em 10/8 ou 11/9. Até que uma série de erros dos brasileiros fizeram com que os adversários aumentassem essa ligeira vantagem, diminuída em seguida por Evandro e Arthur, mas novamente alargada pelos adversários. Fim do primeiro set: 21/17 para os suecos.No segundo set, a dupla nº 1 do mundo resolveu não arriscar muito, partindo para resolver o set, e o jogo, da forma mais rápida possível. Na metade do set, o placar apontava para 10/6 a favor dos adversários. Em todo o jogo, a dupla sueca esbanjava o seu estilo de jogo, conhecido por dar apenas dois toques na bola – e não três – antes de a jogarem para o outro lado da rede, como é tradicional no vôlei de praia. E conseguiram, na bola final, decidir a partida justamente numa jogada assim. E o segundo set terminou 21/16 para os suecos e 2 x 0 no placar final. Para os que estranham uma dupla sueca estar no topo do vôlei de praia, Arthur disse que muitos aprenderam com o estilo brasileiro e agora estão nos superando.“O Brasil era o melhor, então eu acho que eles fizeram certo, que era aprender o que tínhamos de melhor. Agora a gente tem que começar um pouquinho a ir para lá também, pegar o que eles estão fazendo de novo, pois meio que eles deram uma revolucionada no esporte, né? Agora é treinar mais e estudar mais o jogo, poder fazer esse intercâmbio também”, resumiu Arthur.TagsJogos Olímpicos Paris 2024