A poucos meses do início dos Jogos Olímpicos de Inverno em Milão-Cortina 2026, a expectativa no esporte brasileiro se concentra em uma figura icônica: Edson Bindilatti. Prestes a participar de sua sexta olimpíada, o atleta se prepara para liderar a equipe de bobsled do Brasil em busca de qualificação para os Jogos que começam em breve. Com participações em Salt Lake City 2002, Turim 2006, Sochi 2014, PyeongChang 2018 e Pequim 2022, Bindilatti é uma referência no esporte e simboliza a esperança de um futuro promissor para o país nas pistas geladas.
A carreira de Bindilatti no bobsled começou como pusher, evoluiu para breakman e, a partir de 2014, ele assumiu o papel de piloto. Em março deste ano, ele e sua equipe, composta por Edson Martins, Rafael Souza e Erick Vianna, alcançaram um feito histórico: ficaram em 13º lugar no Mundial de Trenó 4-man em Lake Placid, a melhor posição brasileira na modalidade até hoje. “Sonhar é grandioso”, ele afirma, destacando o compromisso contínuo com aprimorar os resultados, ao invés de somente focar em medalhas.
Após uma breve aposentadoria em 2022, Bindilatti foi convencido a retornar devido a mudanças nas regras de qualificação. O piloto em desenvolvimento da época ainda não tinha experiência suficiente, e a confederação achou prudente confiar na experiência de Edson. “Foi uma decisão acertada. Ainda tenho muitos objetivos pela frente”, diz ele, vislumbrando um futuro em que, talvez, atue como treinador ou mentor.
Aos 46 anos, Bindilatti ainda demonstra vigor e entusiasmo. Sua trajetória começou no decatlo, onde conquistou títulos nacionais e internacionais, fornecendo uma base sólida para sua longevidade no esporte. “O decatlo me ajudou a cuidar bem do meu corpo e a sustentar minha performance”, ele reflete, mostrando que a versatilidade adquirida no atletismo foi crucial para sua carreira no gelo.
A evolução dos esportes de inverno no Brasil também enche Bindilatti de orgulho. Ele ressalta como, no início, poucos entendiam sobre as modalidades de gelo e neve, mas hoje, há um cenário mais promissor e competitivo. A expectativa dele é que, um dia, veremos atletas brasileiros conquistando medalhas olímpicas nos esportes de inverno. Quando esse dia chegar, certamente Bindilatti estará presente, de alguma forma, celebrando e apoiando essa conquista.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Edson Bindilatti, prestes a competir em sua sexta Olimpíada de Inverno, lidera o bobsled brasileiro rumo a Milão-Cortina 2026. Aos 46 anos, o ex-decatleta busca superar recordes e sonha com medalhas para o Brasil nos esportes de inverno. Foto: Maddie Meyer/Getty Images.
