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Duda e Ana Patrícia Superam Desafios e Conquistam Ouro Olímpico no Vôlei de Praia em Paris

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A jornada de Duda e Ana Patrícia rumo ao ouro olímpico no vôlei de praia foi marcada por muito esforço, repleta de conquistas e dificuldades superadas. A trajetória das atletas brasileiras, culminando na vitória histórica sobre as canadenses Melissa e Brandie, é um testemunho inspirador de resiliência e determinação que transformou uma aspiração em realidade, trazendo ao Brasil uma medalha olímpica de ouro.

Forjadas desde jovens no ambiente competitivo do vôlei de praia, Duda e Ana Patrícia iniciaram sua parceria nas categorias de base, onde demonstraram seu imenso potencial ao conquistarem a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014 e dois títulos mundiais Sub-21. Apesar de seguir caminhos distintos com outras parcerias após essas conquistas iniciais, em 2021, logo após os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, a dupla resolveu unir forças novamente.

Esse reencontro não poderia ter sido mais frutífero. Duda e Ana embarcaram em uma trajetória de sucesso avassaladora. Em um período de apenas três anos, elas conquistaram campeonatos brasileiros, foram campeãs e vice-campeãs nos Mundiais adultos em 2022 e 2023, além de serem as grandes vencedoras dos Jogos Pan-Americanos em Santiago 2023. Todo esse sucesso culminou na glória máxima: o ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Contudo, o caminho até o topo do pódio não foi fácil. Duda passou por um momento extremamente desafiador no ano passado, quando sua avó, Edite, faleceu durante a disputa do Campeonato Mundial no México. Essa perda foi um baque emocional significativo; Edite era um pilar fundamental em sua família. Apesar do sofrimento, Duda encontrou forças para se reerguer e seguir em frente.

Ana Patrícia, por sua vez, também enfrentou obstáculos tanto emocionais quanto físicos. Após os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, ela lidou com ataques nas redes sociais que abalaram seu psicológico e fizeram-na considerar abandonar o esporte. Além desse abalo, Ana descobriu uma hérnia lombar no início de 2024, que a fez conviver com dores constantes, limitando severamente seus treinos. Com o apoio de Duda e da equipe técnica, ela superou as adversidades e continuou perseguindo seu sonho.

A cumplicidade e amizade que une Duda e Ana Patrícia, aliadas aos fortes laços familiares, foram cruciais na preparação mental de ambas para a competição olímpica. O trabalho multidisciplinar realizado pela equipe técnica também desempenhou um papel fundamental, ajudando a dupla a focar suas energias em aprimorar suas habilidades e superar suas dificuldades.

Ao fim, Duda e Ana Patrícia celebram não apenas uma conquista esportiva, mas a realização de um grande sonho. Ana Patrícia expressou sua satisfação ao afirmar que a felicidade que sentia não cabia dentro de si, especialmente após lidar com a pressão de ser a número 1 do ranking. Duda, por sua vez, destacou a mistura de sentimentos e a felicidade de, uma década após suas medalhas na juventude, se tornarem medalhistas olímpicas novamente no cenário adulto.

Esse triunfo é uma comemoração eterna para as duas atletas, que planejam continuar suas carreiras juntas, simbolizando a união, a amizade e a força de vontade que as levaram ao topo do pódio em Paris. A história de Duda e Ana Patrícia é um exemplo vivo de como a superação de desafios pode levar à conquista de sonhos maiores do que se poderia imaginar.

Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Time BrasilForjadas no sucesso e na superação: como Duda e Ana Patrícia construíram o caminho para o ouro olímpicoDupla brasileira teve muitas conquistas no ciclo olímpico, mas também enfrentaram e superaram obstáculos físicos e emocionais para, enfim, fazerem históriaA dupla brasileira Duda e Ana Patrícia e vencem as canadenses Melissa e Brandie e conquistam a medalha de ouro. Foto: Luiza Moraes/COB.TagsJogos Olímpicos Paris 2024Navegue por tópicosA trajetória de sucesso de Duda e Ana Patrícia no vôlei de praia foi construída à base de muito esforço e alguns percalços que tiveram relevância nesse caminho rumo ao ouro olímpico. Após subir ao topo do Olimpo com a vitória histórica para o Brasil na modalidade, a dupla relembrou as dificuldades e a superação para chegar ao sucesso. E isso incluiu perdas familiares e problemas de saúde.Uma sergipana, de São Cristóvão. A outra, de Espinosa, interior de Minas Gerais. E uma  junção que foi formada nas categorias de base. Duda e Ana conquistaram, quando eram adolescentes, a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014 e dois Mundiais Sub-21. Mas depois disso cada uma seguiu seu caminho com outras parcerias. O time voltou a se reunir três anos atrás, logo depois de Tóquio 2020, realizados em 2021, e a amizade dos tempos de base engatou uma sequência primorosa: além de levarem campeonatos brasileiros, as meninas foram campeãs e vice nos Mundiais adulto (2022 e 2023), campeãs dos Jogos Pan-americanos Santiago 2023. Para completar a coleção, o ouro nos Jogos Olímpicos Paris 2024.Mas nas últimas duas temporadas, as meninas tiveram que lidar com dificuldades. Primeiro foi Duda, que teve um baque emocional ao perder um ente querido e fundamental na família. No ano passado; a avó dela, Edite, faleceu. Isso aconteceu durante a disputa do Mundial, no México. Duda teve que se reerguer diante da situação de não ter mais ao lado o pilar da família. A trajetória de sucesso de Duda e Ana Patrícia no vôlei de praia foi construída à base de muito esforço. Foto: Luiza Moraes/COB “A minha família deve tudo a minha avó, pois minha mãe foi adotada por ela. Sem ela não estaria aqui. Sonhei com minha avó esta semana, que ela me abraçava. Sei que ela está no céu nos iluminando”, relatou Duda logo após ter passado para a disputa da final olímpica em Paris.Já Ana Patrícia também conviveu com dores emocionais no inicio deste ciclo e teve outro obstáculo para enfrentar justamente no ano olímpico. Além do abalo psicológico após a sua participação nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, em que ela sofreu ataques nas redes sociais, Ana revelou que há seis meses convive com dores físicas diárias por conta de um problema de saúde.“Pós Tóquio foi muito difícil, pois recebi bastante ‘hate’ nas redes sociais. As pessoas falaram que eu deveria parar de jogar e eu cheguei cogitar isso. Graças a muita gente, principalmente Duda, não aconteceu. Além disso, descobri uma hérnia lombar neste ano e passei a sentir muitas dores desde então. Cheguei a não conseguir treinar mais do que 40 minutos por dia e pensei que não conseguiria chegar aqui. Ganhar essa medalha e olhar para trás, por tudo o que passei, é algo especial. Agradeço a Deus e a Duda, toda nossa equipe também, por terem me ajudado”, ressaltou Ana após a conquista do ouro.Fato é que a amizade e cumplicidade das duas, unidos aos laços familiares fortes, foram cruciais na preparação mental da dupla para os Jogos Olímpicos. Duda e Ana fazem questão de reforçar isso, sobretudo com o trabalho multidisciplinar de sua equipe, como fundamentais para transpor as barreiras e se tranquilizarem para colocarem em quadra todo o vôlei que sabem. Deu certo, veio o ouro e elas agora vão celebrar o feito histórico. Bem juntas, claro.  Duda e Ana Patrícia, medalhistas de ouro no vôlei de praia. Foto: Luiza Moraes/COB“É a realização de um grande sonho, uma felicidade que não cabe dentro da gente. É muito difícil você chegar com o peso da responsabilidade de ser o número 1 do ranking. Mas a gente aproveitou cada minuto aqui, desde a pré-temporada com toda nossa comissão técnica. Posso dizer que estou realizada pela medalha”, pontuou Ana Patrícia.“Tenho uma mistura de sentimentos. Depois de dez anos, das Olimpíadas da Juventude, voltar a ser medalhistas olímpicas no adulto é sensacional. Essa comemoração vai ser eterna. E eu vou terminar a minha carreira com a Ana Patrícia, já falei para ela. Não sabemos como, quando, mas vamos terminas juntas. Unidas e felizes”, completou Duda, recebendo prontamente o ‘de acordo’ da parceira e amiga. Agora, duas campeãs olímpicas.TagsJogos Olímpicos Paris 2024

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