Diogo Soares lidera nova geração da ginástica artística masculina rumo ao pódio olímpico
Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, as mulheres brasileiras têm se destacado na ginástica artística, mas no cenário masculino Diogo Soares assume o protagonismo. Aos 22 anos, Diogo busca levar a ginástica masculina de volta ao pódio olímpico, algo que não acontece desde a Rio 2016, quando Diego Hypólito conquistou a prata e Arthur Nory o bronze no solo. Nesta quarta-feira, 31 de julho, na Arena Bercy, Diogo alcançou a 23ª posição no individual geral. Essa é a segunda vez que ele chega à final dessa competição, sendo um dos ginastas mais jovens e promissores no esporte.
Diogo, que tem apenas 22 anos, comentou sobre sua experiência em Paris: "Eu me saí melhor na classificação apresentando séries seguras, mas sabia que precisava arriscar na final. Quis testar exercícios mais complexos e ver meu desempenho. O objetivo foi alcançado e consegui executar séries inéditas para mim. Saio de Paris mais próximo da medalha olímpica. Hoje, sinto essa conquista mais palpável", disse. Ele ainda acrescentou: "Tenho muito a crescer e a melhorar meus movimentos para competir com os melhores."
Diogo Soares despontou no cenário internacional aos 16 anos, com a prata na barra fixa e o bronze no individual geral nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018. Em Tóquio 2020, disputado em 2021, alcançou a 20ª posição no individual geral. Para garantir vaga na final em Paris, Diogo ficou em 19º entre 24 atletas, com um total de 81.999 pontos, somados nos seis aparelhos.
Na final, Diogo iniciou sua apresentação no salto, obtendo sua melhor nota, um 14.500. Apesar de um leve desequilíbrio nas paralelas e barra fixa, ele conseguiu 13.733 em ambos aparelhos. No solo, uma pisada fora da linha trouxe uma nota de 13.133. No cavalo, a nota foi 11.566, e nas argolas alcançou 12.033, totalizando 79.698 pontos. Após a competição, Diogo refletiu: "Eu fiz o meu melhor. O individual geral é uma prova desgastante emocionalmente, mas sinto um enorme orgulho de mim mesmo. Estou muito feliz com minha participação".
O ouro foi do japonês Shinnousuge Oka, com 86.832 pontos, e os chineses Boheng Zhang e Ruoteng Xiao ficaram com a prata e o bronze, com 86.599 e 86.364 pontos, respectivamente.
A trajetória de Diogo na ginástica está ligada ao seu treinador, Daniel Biscalchin, desde que começou aos quatro anos em Piracicaba. Em 2022, ambos foram contratados pelo Flamengo, o que impulsionou ainda mais seus resultados. No Mundial de Antuérpia 2023, Diogo ficou em 10º lugar no individual geral, garantindo vaga olímpica para o Brasil, além de uma medalha de prata no Pan-Americano de Santiago 2023.
Arthur Nory, outro representante masculino em Paris, foi eliminado na primeira fase. Até hoje, o melhor resultado brasileiro no individual masculino é o 9º lugar de Sergio Sasaki na Rio 2016. O Brasil já conquistou seis medalhas olímpicas na ginástica artística, sendo quatro masculinas. A história vitoriosa começou com o ouro de Arthur Zanetti nas argolas em Londres 2012. Em Rio 2016, além de Zanetti, Hypólito e Nory brilharam no solo. Em Tóquio 2020, Rebeca Andrade trouxe ouro no salto e prata no individual geral.
Essa contagem pode aumentar, pois Rebeca Andrade e Flávia Saraiva disputam o individual geral nesta quinta-feira, 1º de agosto, na Arena Bercy, após a histórica conquista do bronze por equipes.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
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