O Comitê Olímpico do Brasil (COB) está dando um expressivo passo rumo a uma maior equidade de gênero no universo esportivo olímpico. A partir de 2025, todas as modalidades sob sua responsabilidade deverão assegurar que, no mínimo, 30% das posições de oficiais em delegações para competições multiesportivas internacionais sejam ocupadas por mulheres. Esta nova diretriz começará a ser aplicada nas principais missões confirmadas do próximo ano, como os Jogos Sul-americanos da Juventude, que acontecerão na Argentina, e os Jogos Pan-americanos Júnior, no Paraguai.
Paulo Wanderley, presidente do COB, destaca que o expressivo destaque feminino nos Jogos de Paris 2024 não foi uma mera coincidência. Desde 2021, com o surgimento da área Mulher no Esporte dentro do COB e a formação de uma comissão exclusivamente dedicada a discutir o tema, a organização tem criado políticas e projetos que geram oportunidades significativas para o desenvolvimento de atletas, treinadoras e gestoras. Com essa iniciativa de aumentar a presença feminina nas comissões técnicas durante as missões, há a certeza de que haverá uma evolução cada vez mais perceptível e significativa no esporte brasileiro.
Rogério Sampaio, diretor-geral do COB, enfatiza que a organização tem mantido esforços constantes após os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Durante esse período, o COB celebrou o maior patrocínio de sua história com a Caixa e Loterias Caixa, conquistou a Certificação Internacional ISO 9001 para o gerenciamento de normativos, e organizou a bem-sucedida COB Expo. Com a nova medida acerca da presença feminina, o COB amplia as oportunidades para as mulheres em representações internacionais, destacando a necessidade do Brasil em ter mais mulheres exercendo seu potencial em diversos setores do esporte.
Este movimento de ampliar a participação feminina está alinhado com recomendações de órgãos internacionais, como a Agenda 2020+5 do Comitê Olímpico Internacional (COI), que propõe incentivar a igualdade de gênero e a maior participação feminina no esporte. É importante ressaltar que a obrigatoriedade de 30% de representação feminina é aplicável apenas para confederações com ao menos três credenciais de oficiais por competição.
Nos últimos anos, o COB tem dedicado esforços significativos para criar mais oportunidades para as mulheres no cenário esportivo. Uma das ações de destaque foi a criação da área Mulher no Esporte em 2021, que se consolidou como um marco importante nesse contexto. Desde então, uma série de projetos foi lançada para oferecer mais possibilidades de desenvolvimento a atletas, treinadoras e gestoras. O Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino (PDEF), lançado em 2023, é um dos principais exemplos desses esforços, promovendo um planejamento esportivo diferenciado para mulheres e incentivando o crescimento delas em cargos de liderança.
Outro exemplo é o Programa Mentoria Individualizada Reflexão e Ação (MIRA), que visa aumentar o número de treinadoras no esporte, especialmente em grandes eventos como os Jogos Olímpicos. Estas iniciativas, de curto a longo prazo, são essenciais para fomentar uma cultura inclusiva e de reconhecimento da mulher em todas as esferas esportivas.
A presença feminina nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 também simboliza um avanço significativo. Pela primeira vez, a delegação brasileira contou com uma maioria feminina, com 55% de participação. As atletas brasileiras também obtiveram destaque nas competições, conquistando 12 das 20 medalhas do país, incluindo três medalhas de ouro. Tais resultados evidenciam o sucesso das políticas de equidade de gênero promovidas pelo COB.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: COBCOB estabelece número mínimo obrigatório de oficiais mulheres nas modalidades em Jogos internacionais A partir de 2025, confederações deverão ter pelo menos 30% de presença feminina nas delegações em competições multiesportivasPrimeiro encontro presencial de treinadoras no programa MIRA. Foto: William Lucas/COBTagsMulher no EsporteNavegue por tópicosO Comitê Olímpico do Brasil (COB) dará mais um importante passo na busca pela equidade de gênero no esporte olímpico. A partir de 2025, todas as modalidades deverão ter obrigatoriamente um mínimo de 30% de oficiais mulheres em sua delegação nas competições multiesportivas internacionais.A medida já passa a valer nas principais missões confirmadas do próximo ano, como os Jogos Sul-americanos da Juventude, na Argentina, e os Jogos Pan-americanos Júnior, no Paraguai.”O protagonismo feminino nos Jogos de Paris 2024 não foi por acaso. A implementação da área Mulher no Esporte no COB e a criação de uma comissão específica para o tema, em 2021, tiveram justamente o objetivo de elaborar políticas, programas e projetos que gerem mais oportunidades para o aprimoramento das atletas, treinadoras e gestoras no esporte olímpico brasileiro. Com a ampliação do número de mulheres nas comissões técnicas em nossas missões, tenho certeza de que essa evolução se fará cada vez mais visível e importante para o esporte brasileiro”, falou Paulo Wanderley, Presidente do COB.”O COB segue trabalhando intensamente após os Jogos Olímpicos Paris 2024. Desde agosto, fechamos o maior patrocínio da história da entidade com a Caixa e as Loterias Caixa; recebemos a Certificação Internacional ISO 9001, para o Processo de Gestão de Normativos do COB; e organizamos com muito sucesso a COB Expo. Agora, com essa medida, ampliamos o espaço para a mulher nas representações internacionais organizadas pelo COB. O Brasil precisa de mais mulheres exercendo sua capacidade em todos os setores do esporte”, disse Rogério Sampaio, diretor-geral do COB.Além de ser mais uma ação do COB para a equidade de gênero no esporte (confira mais abaixo), a decisão também segue a recomendação de órgão internacionais, como a Agenda 2020+5 do Comitê Olímpico Internacional (COI), que trata do incentivo à igualdade de gênero no esporte e estímulo à participação e envolvimento das mulheres no esporte, entre outros.Vale ressaltar que a obrigatoriedade de 30% de presença feminina só valerá para as confederações que tiverem pelo menos três credenciais para oficiais em cada competição.Nos últimos anos, o COB tem realizado diversas ações e programas na busca para mais oportunidades às mulheres no ambiente esportivo. A implementação da área Mulher no Esporte, em 2021, foi um grande marco nesse sentido. Desde então, são vários os projetos que geram mais chances de aprimoramento de atletas, treinadoras e gestoras.Área Mulher no Esporte tem realizado diversas ações desde 2021. Foto: William Lucas/COBUm dos principais exemplos é o Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino (PDEF), criado em 2023, que visa incentivar as confederações a realizarem um planejamento esportivo específico para mulheres no esporte. Um dos objetivos principais é atuar em mudanças sistêmicas, como o aumento de mulheres em cargo de liderança.Outro importante ação foi o lançamento do Programa Mentoria Individualizada Reflexão e Ação (MIRA), com a intenção de aumentar o número de treinadoras no esporte, sobretudo nas grandes competições, como os Jogos Olímpicos.Todas essas são ações importantes, a curto, médio e longo prazo, promovem uma cultura de inclusão e de reconhecimento da mulher em todos os âmbitos esportivos.Mais um grande avanço nesse sentido foi a presença feminina na delegação nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Pela primeira vez na história, o Brasil teve mais mulheres do que homens na delegação, com 55% das atletas presentes. Nos resultados elas também brilharam, conquistando mais medalhas, com 12 das 20 obtidas pelo país, entre elas as três de ouro. TagsMulher no Esporte