As Yaras, a notável seleção feminina de rugby do Brasil, alcançaram um marco histórico ao participar da Copa do Mundo de Rugby XV, a mais prestigiosa competição da modalidade no cenário global. Esta estreia representa anos de dedicação e treinamento intensivo. Apesar das derrotas para a África do Sul e França, a equipe celebra cada conquista e a oportunidade de competir em um palco tão significativo. Eshyllen Coimbra, capitã da equipe e uma das principais referências, destaca o longo caminho até esta conquista. Segundo ela, a participação na Copa do Mundo não é apenas fruto do esforço atual, mas de todas as pessoas que acreditaram no potencial do rugby feminino brasileiro ao longo dos anos.

O desenvolvimento do rugby feminino no Brasil é relativamente novo, com a formação da primeira seleção de XV ocorrendo em 2008 e sendo retomada apenas em 2019. Desde então, a modalidade vem crescendo e ganhando popularidade, impulsionada por campeonatos juvenis, nacionais e regionais. Eshyllen ressalta que existem agora camps específicos para o recrutamento e desenvolvimento de novas jogadoras, o que eleva o nível da competição e inspira cada vez mais jovens.

A participação das Yaras na Copa do Mundo foi celebrada fervorosamente pela torcida brasileira, tanto nos estádios da Inglaterra quanto no Brasil. A energia das arquibancadas, repletas de apoiadores, trouxe uma sensação de estar em casa mesmo a milhares de quilômetros de distância. Além disso, eventos como o realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, onde os torcedores se reuniram para assistir à estreia em um telão, evidenciam o crescente apoio e visibilidade que o rugby XV conquista no país.

Em termos de desempenho, embora superadas nas partidas iniciais, as Yaras demonstraram resiliência e determinação. Foram alcançados impressionantes 232 tackles na estreia contra a África do Sul, e um try significativo contra a França. Eshyllen valorizou essas conquistas simbólicas, realçando o comprometimento da equipe em campo.

Enfrentando a Itália em sua última partida no torneio, as Yaras encerram sua campanha sem chances de avançar, mas com a certeza de terem marcado um início promissor para o rugby XV no Brasil. Esta participação é vista como o alicerce para um futuro de maior visibilidade e crescimento no cenário esportivo nacional. E, enquanto o Rugby XV ainda está em ascensão, as Yaras já são uma potência reconhecida na América do Sul no Rugby Sevens, com uma coleção impressionante de títulos que atestam seu talento e capacidade competitiva.

Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Capitã das Yaras, Eshyllen Coimbra comemora a estreia do Brasil na Copa do Mundo de Rugby, destacando o crescimento da modalidade no país. Apesar das derrotas para África do Sul e França, o time celebra conquistas simbólicas e a forte presença da torcida. A última partida será contra a Itália. Fotos por World Rugby.