Quando Bruna Alexandre entrar em ação nos Jogos de Paris, ela estará escrevendo um capítulo inédito na história do esporte brasileiro. Pela primeira vez, entre homens e mulheres, o Brasil terá um atleta representando o país tanto nos Jogos Olímpicos quanto nos Paralímpicos. A mesatenista catarinense, de 29 anos, não esconde o orgulho por esse feito, que reforça ainda mais o seu sentimento de representatividade. Bruna espera que sua experiência e conquistas sirvam de inspiração para futuras gerações.
“Estou muito feliz de poder representar todas as pessoas com deficiência do nosso país. Quero mostrar que tudo é possível. Isso pode abrir muitas portas no Brasil e, quem sabe um dia, isso seja algo normal no esporte. A classificação para os Jogos Olímpicos é muito difícil, não só no tênis de mesa, mas em todas as modalidades. Eu tive e tenho muito suporte da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, do COB e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)”, comentou Bruna na Serre Wangari, uma das estruturas da base do Time Brasil em Saint-Ouen.
Bicampeã brasileira entre atletas sem deficiência, Bruna Alexandre já fez história ao conquistar a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023, outra marca pioneira em sua trajetória. Em junho, veio a convocação para os Jogos Olímpicos Paris 2024. Na capital francesa, ela disputará as chaves de simples e por equipes femininas no programa de Tênis de Mesa, que ocorrerá na Arena Paris Sul entre os dias 27 de julho e 10 de agosto.
Bruna começou sua relação com o tênis de mesa aos sete anos, inicialmente no olímpico, e só foi conhecer o paralímpico aos 13 anos. “Entrei na seleção infantil e juvenil. E, depois, na adulta. Mas só em sonho eu esperava um dia estar nos Jogos Olímpicos, porque é muito competitivo e tem muitas atletas. Estou coroando os meus 22 anos de carreira”, disse ela.
Sendo a maior medalhista paralímpica brasileira no tênis de mesa, com uma prata e três bronzes, Bruna Alexandre está deslumbrada com a atmosférica olímpica. “Estou muito feliz de poder estar curtindo essa atmosfera olímpica. E acredito que isso pode me ajudar muito para os Jogos Paralímpicos também. Quero agradecer ao COB por todo suporte que está me dando. Muito legal tudo que estão fazendo por nós”, finalizou.
A história de Bruna Alexandre não é apenas uma narrativa de superação pessoal, mas uma inspiração viva que reforça a importância da inclusão e da perseverança no esporte. Seu exemplo é uma prova tangível de que barreiras podem ser superadas e que sonhos, por mais difíceis que pareçam, são alcançáveis com determinação e apoio adequado. Que sua jornada em Paris seja apenas o começo de muitas outras portas que ainda irão se abrir para os atletas brasileiros, com e sem deficiência.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
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