Em uma jornada desenhada tanto pela perseverança quanto pela amargura, o judoca brasileiro Rafael Macedo viu suas esperanças de conquistar uma medalha de bronze na categoria até 90kg se dissiparem nesta quarta-feira, 31, durante as Olimpíadas em Paris. Enfrentando o talentoso francês Maxime-Gael Ngayap Hambou, Macedo foi desclassificado após receber a terceira punição enquanto tentava executar uma chave de braço no solo, selando assim sua derrota e sua saída do pódio olímpico.
Durante a crucial luta pela medalha, Macedo foi penalizado três vezes, o que resultou em sua desclassificação automática. Apesar da frustração inevitável, o judoca manteve a compostura e expressou gratidão pela oportunidade de competir em um palco tão prestigioso. “Agradeço a Deus pela oportunidade de estar aqui. Não entendi direito a punição, mas acredito que os árbitros ali têm muitas câmeras, vão sempre avaliar da melhor forma. Respeito a decisão deles. Saio tranquilo de que dei o meu melhor, fiz tudo que eu sei e consegui. Faz parte,” comentou Rafael em uma entrevista após a luta.
A trajetória de Macedo para a disputa do bronze iniciou-se com uma vitória sobre o holandês Noel Van T End, campeão mundial em 2019, em um combate tenso decidido nas punições. Demonstrando técnica e determinação, Rafael avançou às oitavas de final, onde derrotou o romeno Alex Cret com uma chave de braço, exibindo sua habilidade no ne-waza, ou técnicas de chão. No entanto, nas quartas de final, o brasileiro encontrou um oponente formidável no espanhol Tristani Mosakhlishvili. Em uma luta disputada, Rafael se manteve firme até os momentos finais, mas acabou sofrendo um waza-ari a cerca de 40 segundos do término, vantagem essa que não conseguiu reverter.
Ainda assim, Macedo não se deixou abater e se recuperou na repescagem, onde superou o sul-coreano Juyeop Han, garantindo assim seu lugar na luta pelo bronze. Contudo, a partida decisiva contra Hambou trouxe um desfecho desapontador, apesar dos esforços incansáveis do judoca brasileiro.
A participação de Rafael Macedo em Paris 2024, embora marcada por um final amargo, reflete a resiliência e a capacidade de enfrentar adversidades com dignidade. Seu desempenho nos tatames é um testemunho de sua dedicação ao esporte e da promessa de que ele enfrentará os próximos desafios com a mesma coragem e determinação.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
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