No tiro com arco dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, o brasileiro Marcus D’Almeida enfrentou uma das mais desafiadoras tarefas de sua carreira. Seu adversário nas oitavas de final, o sul-coreano Woojin Kim, é o atual recordista olímpico e já havia garantido duas medalhas de ouro nestes Jogos, tanto na equipe mista quanto na masculina. Sob céu claro e ambiente tenso na Esplanade des Invalides, o desafio se mostrou ainda mais árduo com Woojin Kim em uma fase espetacular, culminando na vitória do sul-coreano por 7 a 1.
Marcus, ciente da magnitude desta batalha, refletiu sobre o desempenho excepcional de seu oponente: “Eu enfrentei um atleta fantástico, que já tem dois ouros só aqui em Paris. Eu estava com uma margem de erro muito pequena, ele fez um 29 e o resto tudo 30. Há dias e dias, mas hoje não era o meu.” De fato, Woojin Kim demonstrou uma precisão impressionante, acertando a nota máxima (10) em 11 das 12 flechadas da competição.
Para Marcus D’Almeida, a fase classificatória desempenhou um papel significativo na dificuldade do chaveamento enfrentado. O brasileiro acabou nas oitavas contra Woojin Kim, graças a um desempenho que ele próprio admitiu não ter sido de seu melhor nível. “Paguei o preço de não ter feito um classificatório tão bom, de ficar um pouco abaixo, e acabei pegando ele nas oitavas. Se eu estivesse numa outra chave, a história talvez seria diferente,” refletiu.
A Coreia do Sul, cuja tradição no tiro com arco é vastamente reconhecida, já soma cinco medalhas em Paris 2024, quatro delas de ouro, solidificando ainda mais sua supremacia na modalidade. Marcus, por sua vez, usou a experiência como fonte de aprendizado. “É um ensinamento para que, nas próximas Olimpíadas, eu tentar me classificar melhor,” disse ele, demonstrando resiliência e a vontade de retornar mais forte para futuras competições.
A participação de Marcus D’Almeida, apesar da derrota precoce, é emblemática da busca constante por excelência no esporte olímpico. Cada competição é uma lição que refina tanto as habilidades individuais quanto a estratégia mental necessária para competir no nível mais alto. Para o Time Brasil, a trajetória de Marcus em Paris é um capítulo de aprendizado e uma promessa de dias melhores nas pistas de tiro com arco. Ele volta para casa com a experiência engrandecedora e a determinação de melhorar, evocando o espírito resiliente que define os atletas olímpicos.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
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