O Brasil está cada vez mais próximo de garantir uma medalha no boxe nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Com a vitória de Wanderley Pereira nesta terça-feira, 30 de agosto, a expectativa cresce em torno de Keno Marley, Bia Ferreira e do próprio Wanderley, que necessitam de apenas mais um triunfo para avançar às semifinais e assegurar um lugar no pódio olímpico. No boxe olímpico, não há luta pelo bronze: os dois derrotados nas semifinais recebem automaticamente a medalha.
A primeira oportunidade para o Brasil retomar seu lugar no pódio olímpico no boxe acontece já nesta quarta-feira, 31 de agosto, às 10h (horário de Brasília), com a luta de Bia Ferreira. Finalista em Tóquio 2020 e medalhista de prata, a pugilista baiana enfrentará a holandesa Chesley Heinjen na categoria -60kg.
Na sequência, Luiz Oliveira, conhecido como “Bolinha”, fará sua estreia na categoria -57kg contra o americano Jahmal Harvey. Bolinha carrega em seu sangue a tradição do boxe brasileiro, sendo neto de Servílio de Oliveira, o primeiro pugilista a conquistar uma medalha olímpica para o Brasil, um bronze nos Jogos Olímpicos da Cidade do México em 1968.
Na terça-feira, Wanderley Pereira não encontrou dificuldades para superar o haitiano Cedrik Duliepe, vencendo por decisão unânime. Ambos já se enfrentaram nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, onde Wanderley também saiu vitorioso, conquistando a medalha de prata. Apelidado de Holyfield, Wanderley manteve um ritmo intenso, demonstrando tranquilidade e eficiência na aplicação dos golpes.
“Consegui seguir a minha estratégia, que era trabalhar bastante a mão da frente, mover para os lados e surpreender com golpes de velocidade. Deu certo e eu consegui sair com uma vitória tranquila,” comentou o atleta de Conceição de Almeida. No entanto, ele prefere manter o foco passo a passo. “Eu vim preparado para dar um passo de cada vez. Então não quero pensar nisso ainda,” finalizou.
Entre outros combates do dia, Michael Douglas Trindade, o primeiro brasileiro a subir no ringue nesta terça-feira, foi derrotado pelo cubano Alejandro Claro na categoria -52kg. “Não estou satisfeito com o meu resultado porque vim em busca de medalhas. Vida que segue. Vou manter a cabeça no lugar e me preparar ainda melhor para os próximos Jogos Olímpicos,” afirmou o pugilista.
Além de Michael Douglas, Abner Teixeira, bronze em Tóquio, e Tatiana Chagas também se despediram da competição após derrotas em suas lutas de estreia. Contudo, a expectativa do boxe brasileiro continua alta com Caroline Almeida, Jucielen Romeu e Barbara Santos, que ainda irão iniciar suas jornadas nos próximos dias.
Vale lembrar que a campanha do Brasil no boxe durante os Jogos de Tóquio 2020 foi histórica, com a conquista de uma medalha de ouro, uma de prata e uma de bronze. As esperanças estão renovadas para que Paris 2024 continue representando um capítulo vitorioso para os pugilistas brasileiros.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
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