A Seleção Brasileira de Futebol Feminino encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 de maneira memorável. Após uma campanha repleta de emoções e superações, o Brasil conquistou a medalha de prata, a 19ª do país nesta edição dos Jogos e a 10ª do futebol brasileiro em todas as Olimpíadas. O momento foi marcado pelo retorno da equipe feminina a uma final olímpica após 16 anos, no histórico Parque dos Príncipes.
A trajetória até a medalha foi intensa e exigiu muita garra das jogadoras brasileiras. Desde a fase de grupos, as atletas mostraram resiliência e determinação, avançando bravamente nas fases de mata-mata. No caminho até a final, a seleção venceu a França nas quartas e a atual campeã mundial, a Espanha, de forma avassaladora nas semifinais.
A decisão pela medalha de ouro trouxe um encontro emocionante com a poderosa equipe dos Estados Unidos, agora pentacampeã olímpica. O único gol da partida foi marcado por Mallory Swanson, aos 11 minutos do segundo tempo, selando o 1 a 0 no placar. Apesar de um desempenho brilhante, as brasileiras não conseguiram reverter o resultado, mas demonstraram grande espírito esportivo e habilidade.
O percurso do Brasil até a prata incluiu momentos de tensão e brilhantismo técnico. No primeiro tempo da decisão, a seleção pressionou desde o início, com Ludmilla protagonizando diversas jogadas de perigo. Apesar da anulação de um gol por impedimento e de várias tentativas frustradas contra a meta defendida por Naeher, o Brasil mostrou um futebol aguerrido e envolvente.
As substituições no segundo tempo, com a entrada de Angelina, Priscila e Marta, trouxeram novo fôlego ao time, mas a capacidade defensiva das americanas e a necessidade de Lorena trabalhar intensamente no gol impediram a virada brasileira. As tentativas de empate no final do jogo, incluindo uma perigosa cabeçada de Adriana, foram contidas pela goleira dos Estados Unidos.
O desempenho do Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024 garantiu a repetição do melhor resultado da história do futebol feminino olímpico do país, igualando as campanhas de Atenas 2004 e Pequim 2008. As jogadoras, comandadas pelo técnico Arthur Elias, deixaram o campo com a cabeça erguida, orgulhosas de sua luta e da conquista que levou o futebol feminino de volta ao pódio olímpico.
Este feito histórico contribui para a construção de um legado cada vez mais sólido para o esporte feminino no Brasil. A prata alcançada pelas mulheres em Paris não apenas reafirma o talento e a resiliência da equipe, mas também serve de incentivo para futuras gerações de atletas que aspiram a defender as cores do Brasil em competições internacionais.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Time BrasilBrasil encerra campanha histórica em Paris com prata no futebol femininoMedalha foi a 19ª do país nesta edição e 10ª do futebol nos Jogos OlímpicosBrasil fica com a medalha de prata no futebol feminino. Foto: Alexandre Loureiro/COBTagsJogos Olímpicos Paris 2024Navegue por tópicosNão faltaram dedicação e suor. Nos Jogos Olímpicos das mulheres, as do futebol feminino defenderam com garra a oportunidade construída. Após duas vitórias heroicas no mata-mata, o grupo repetiu neste sábado, no Parque dos Príncipes, o melhor resultado da história do nosso futebol feminino. Dezesseis anos depois da última final, novamente conquistamos a prata, a 19ª medalha do Brasil em Paris 2024.A medalha foi forjada numa classificação dura na fase de grupos, seguida por triunfos maiúsculos sobre a França, nas quartas-de-final, e sobre a atual campeã mundial Espanha, com direito a goleada nas semifinais. Na decisão, melhor para os Estados Unidos, agora pentacampeões olímpicos, por 1 a 0, gol de Mallory Swanson.Agora o Brasil soma 10 medalhas no futebol olímpico. Além da prata desta edição, as mulheres foram vice-campeãs em Atenas 2004 e Pequim 2008. O masculino, que não se classificou para estes Jogos, soma sete, sendo campeão na Rio 2016 e em Tóquio 2020. Seleção repete o melhor resultado da história do futebol feminino. Foto: Alexandre Loureiro/COBBrasil tem as melhores chances do 1º tempoO Brasil começou com a mesma postura que apresentou diante da Espanha, pressionando a saída de bola americana. A primeira finalização, após uma roubada de bola, veio dos pés de Ludmilla. Os Estados Unidos não se encolheram e também passearam pela nossa área com perigo. Aos 15, Ludmilla invadiu a área em jogada individual e marcou, mas o lance foi corretamente anulado por impedimento.As americanas tentaram surpreender com transições rápidas e encontraram espaço na nossa defesa. Em duas cobranças de escanteio tentaram cobranças direto para o gol na esperança de o sol ofuscar a visão de Lorena. Do lado brasileiro, as oportunidades foram empilhadas. Houve queixa de pênalti, jogadas por ambos os lados e boas construções coletivas. Por duas vezes Ludmilla triscou de cabeça e quase marcou. Nos acréscimos, Gabi Portilho obrigou Naeher se esticar toda para manter o placar zerado. Foram várias bolas cruzando a área americana. Faltava alguém empurrar para o gol. Gabi Portilho foi artilheira do Brasil nos Jogos. Foto: Alexandre Loureiro/COBContra-ataque fulminante adia sonho do ouroNa volta do intervalo, o jogo recomeçou truncado, e Yaya precisou ser substituída por Ana Vitoria. Aos 11 minutos, após passe errado de Lauren, um banho de água fria. Em contra-ataque fulminante, no limite do impedimento, Mallory Swanson invadiu a área e abrir o placar para os Estados Unidos.Arthur Elias colocou em campo Angelina, Priscila e Marta nas vagas de Duda Sampaio, Ludmilla e Jheniffer. Os EUA cresceram em espaços que se abriram no meio e pressionaram a meta brasileira.Após a pausa para a hidratação o Brasil ensaiou uma postura mais ofensiva, mas Lorena foi a goleira que seguiu trabalhando mais. Arthur Elias fez a última substituição com Rafaella no lugar de Lauren. Marta teve chance na bola parada, mas a oportunidade mais perigosa, uma cabeçada de Adriana, parou na boa defesa de Naeher. A seleção acreditou, lutou, mas o placar permaneceu igual. Ainda assim, o pódio era motivo de muito orgulho. Dezesseis anos depois, a seleção feminina de futebol retornou ao pódio olímpico.TagsJogos Olímpicos Paris 2024