O Brasil marca presença no Campeonato Mundial de Esqui Alpino de 2025, que se realiza em Saalbach, na Áustria, de 4 a 16 de fevereiro. Esta participação é significativa para um país tropical como o Brasil, mas o que mais se destaca é a expectativa de superar tabus históricos na competição. Desde 1966, quando o Brasil participou pela primeira vez de um Mundial de Esqui Alpino em Portillo, Chile, o país não obteve resultados expressivos no evento. Aquela edição no Hemisfério Sul permanece única por ter sido sediada em um país do sul global. Na ocasião, Francisco Giobbi foi o responsável pelo melhor desempenho brasileiro, alcançando o 24º lugar na prova do combinado. Até o momento, nenhum atleta sul-americano conquistou uma medalha neste tipo de competição, e o recorde brasileiro nos Mundiais de modalidades de neve é o 12º lugar de Isabel Clark no snowboard cross em 2001.
No entanto, novas esperanças surgem com a participação de Lucas Pinheiro Braathen, atleta nascido na Noruega, mas de descendência brasileira, graças à sua mãe Alessandra Pinheiro Braathen. Ele é visto como um forte candidato a quebrar esses tabus históricos. Atualmente, Lucas é um dos destaques nas provas técnicas de slalom e slalom gigante. Em edições recentes, o seu desempenho tem sido notável, competindo em 15 provas com as cores do Brasil, onde conquistou duas medalhas de prata e uma de bronze, além de três quartos lugares. Um marco importante foi a sua trajetória em 2023, quando dominou o circuito e conquistou o título geral no slalom da Copa do Mundo de esqui alpino, feito inédito para o Brasil em modalidades de inverno.
A equipe brasileira é complementada por Giovanni Ongaro e Christoph Brandtner, que também defenderão o Brasil nas provas de slalom gigante e slalom. Eles estão de olho em garantir suas vagas nos Jogos Olímpicos de Inverno de Milão-Cortina 2026, uma vez que o Brasil já assegurou uma vaga para a competição e busca mais uma ou duas posições extras. Até agora, o Mundial de Saalbach revelou novos campeões, como a Suíça, que lidera o quadro de medalhas com duas medalhas de ouro, logo seguida pela Áustria e Itália, enquanto os Estados Unidos e Noruega fecham as primeiras colocações do ranking de medalhas. Como a competição prossegue, há uma pausa para ajustes de pista antes das provas técnicas, incluindo as disputas de slalom gigante e slalom, onde os brasileiros têm grande esperança de alcançar desempenhos históricos. As transmissões das provas estão disponíveis no Disney+, permitindo ao público acompanhar o desenrolar das competições e torcer pelos brasileiros que buscam deixar sua marca na história dos esportes de neve.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Brasil no Mundial de Esqui Alpino 2025: Com esperanças renovadas, Lucas Pinheiro Braathen lidera o Time Brasil para quebrar tabus históricos nos esportes de neve. Acompanhado por Giovanni Ongaro e Christoph Brandtner, o trio compete na Áustria em busca de novas conquistas. Foto: David Ramos/Getty Images.