O planejamento minucioso do Comitê Olímpico do Brasil (COB) é um diferencial que pode impactar diretamente o desempenho da equipe brasileira de surfe nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A estratégia envolve a criação de uma base exclusiva a poucos metros da icônica praia de Teahupo’o, no Taiti, onde estão hospedados os seis surfistas da delegação nacional.
A combinação de privacidade, localização privilegiada e serviços de alta performance é a chave desta preparação. Bernardo Otero, gestor esportivo do COB e líder operacional da base do Time Brasil no Taiti, enfatizou a importância da infraestrutura montada: “O COB, em conjunto com a Confederação Brasileira de Surfe, buscou um local ideal para os atletas durante os Jogos Olímpicos. Encontramos um lugar perfeito para montar nossa operação e oferecer a melhor estrutura bem próximo ao mar”, explicou Otero.
Desde 2022, o COB e a CBSurf realizaram diversas visitas ao Taiti para mapear a região, definir a melhor localização para a base e conduzir testes operacionais durante etapas do Circuito Mundial de Surfe. A escolha recaiu sobre uma pousada pertencente a um morador local, figura bem conhecida pelos surfistas brasileiros, que também ofereceu suporte com um jet ski de resgate ao longo dos anos.
O ambiente criado visa não só proporcionar conforto e segurança, mas também fortalecer o espírito de equipe entre os atletas. Passaram-se dois anos de intensa preparação e acampamentos na base, ao longo dos quais a equipe se acostumou completamente ao local. “A sensação é de que estamos em casa aqui, e isso traz muito conforto. Temos o melhor suporte, sempre nos ajudando da melhor forma possível. Com toda essa estrutura, o Time Brasil está bem preparado para os Jogos Olímpicos”, afirmou Tati Weston-Webb, um dos destaques da equipe.
A infraestrutura montada pelo COB inclui equipamentos de preparação física, fisioterapia, atendimento médico e um lounge para momentos de descanso. Todas as refeições são preparadas no local, seguindo um cardápio elaborado pela nutricionista do COB, Renata Parra, com o objetivo de valorizar e capacitar a população local.
Segundo João Chianca, outro atleta de destaque, a base oferece um nível elevado de conforto e confiança: “Temos todo o reconhecimento do COB, e é disso que precisamos nos Jogos Olímpicos. Estar perto do evento permite maior eficiência na rotina de treinos e tratamento. Com toda essa estrutura, precisamos nos preocupar apenas em surfar”.
Este meticuloso planejamento de logística e bem-estar evidencia o compromisso do COB com a alta performance e a preparação ideal para enfrentar os desafios que esperam os atletas nas águas desafiadoras de Teahupo’o. A combinação de fatores parece criar um cenário favorável para que os surfistas brasileiros possam buscar o ouro olímpico com confiança e determinação.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
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