A Praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina, tornou-se o cenário da primeira edição do Campeonato Brasileiro de Remo Costal. Este evento pioneiro reúne 214 atletas, englobando categorias júnior, adulta e master, todos ansiosos por competir até o fim de semana, com as emoções sendo transmitidas ao vivo pelo Canal Olímpico do Brasil a partir das 9h. Este torneio é mais do que uma simples disputa por medalhas. Com o remo costal agora incluído no programa olímpico de Los Angeles 2028, muitos competidores estão empenhados em garantir suas vagas para a grande competição mundial.
O remo costal está no início de sua jornada rumo à popularidade, mas a inclusão no maior evento esportivo do mundo certamente aumentará sua relevância. Nos Jogos Olímpicos de 2028, os atletas poderão competir em três provas: sprint individual masculino, feminino e dupla mista, sendo essa última a primeira oportunidade de homens e mulheres remarem juntos em competições olímpicas. Segundo Marcelus Marceilli, ex-remador olímpico e coordenador-técnico no Grêmio Náutico União, o remo costal no Brasil tem grande potencial de sucesso, similar ao impacto que o vôlei de praia teve no país. Para ele, o extenso e belo litoral brasileiro pode se tornar um aliado no desenvolvimento da modalidade. A presença de ondas e ventos diferencia o remo costal do tradicional, exigindo adaptações e treinamentos específicos.
A modalidade é conhecida por seu formato dinâmico, que proporciona grande espetáculo ao público. A competição começa com os atletas correndo 50 metros na areia até os barcos posicionados na beira da água. O percurso segue um padrão de slalom até uma boia a 250 metros da costa antes da volta em linha reta para o fim. Ao chegar, o atleta deixa o barco e corre para a linha de chegada, completando a mesma distância do início. A robustez e praticidade dos barcos, que possuem sistemas para escoamento de água, são uma das principais diferenças em relação ao remo clássico.
A Federação Internacional de Remo ainda precisa confirmar como será o sistema de classificação para Los Angeles, mas os brasileiros já começaram suas preparações, focando no ciclo olímpico. O Campeonato Mundial, no Rio de Janeiro em 2025, será crucial para o crescimento da modalidade no Brasil. Nomes de destaque como Vangelys Reinke, Barbara Ferreira e outros medalhistas em competições internacionais, como David Farias de Souza, Thalita Rosa, e Kissya Cataldo, estão presentes em Jurerê, evidenciando o alto nível da competição. Piedro Xavier Tuchtenhagen, conhecido por sua solidariedade durante as enchentes em Porto Alegre e experiência internacional, também marca presença. Ele continua voltado para o remo tradicional, mas vê no costal uma oportunidade promissora, destacando o potencial brasileiro devido à extensa costa. A fase classificatória do evento aconteceu na quinta-feira, com repescagens e as quartas de final ocorrendo na sexta, em formato de confrontos diretos. As semifinais e finais, que prometem intensas disputas, serão transmitidas pelo Canal Olímpico do Brasil durante o fim de semana.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Atletas de todo o Brasil competem no Campeonato Brasileiro de Remo Costal em Jurerê Internacional, Florianópolis, preparando-se para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. A competição, transmitida ao vivo pelo Canal Olímpico do Brasil, reúne 214 participantes e destaca-se pelo formato dinâmico. Foto: Michelli Melo/CBR/@floripafoto.
