A jovem nadadora paulista Beatriz Dizotti, de 24 anos, alcançou um marco impressionante de superação e resiliência nesta quarta-feira, algo que parecia inatingível menos de um ano atrás. Ao terminar em sétimo lugar na final dos 1.500 metros livre na Arena La Défense, com o tempo de 16min02s86, Bia reafirmou seu lugar entre as melhores do mundo na prova mais longa da natação. Esse feito é ainda mais extraordinário quando se considera os desafios enfrentados por ela recentemente.
Em dezembro de 2023, Bia passou por uma cirurgia significativa para a remoção de um tumor no ovário, um procedimento que poderia ter encerrado prematuramente sua carreira esportiva. No entanto, com uma preparação repleta de obstáculos e cuidados rigorosos com sua saúde, ela não só se recuperou, como se tornou a sétima nadadora brasileira a alcançar uma final olímpica individual.
“Eu não nadei sozinha”, disse Bia após a prova, emocionada. “Eu nadei com a minha família, nadei com o meu técnico, minhas colegas de treino e todo o Brasil comigo. Não é uma prova fácil, mas eu sabia o que eu tinha treinado, eu sabia o que eu tinha feito. Infelizmente não foi o sub-16 que eu queria, não consegui ganhar a colocação, mas foi a minha segunda melhor marca da vida. Eu acho que quem é do esporte sabe o quão difícil é a gente repetir essas marcas e chegar perto delas”, afirmou.
O pódio dos 1.500 metros livre foi dominado por competidoras excepcionais: a norte-americana Katie Ledecky conquistou o ouro com um tempo recorde de 15min30s02, a francesa (15min40s35) levou a prata, e a alemã Isabel Gose ficou com o bronze, completando a prova em 15min41s16.
Esta foi a segunda participação olímpica de Bia, que desde os Jogos de Tóquio tem se firmado como uma das principais fundistas do mundo. Ela tem se destacado tanto no Campeonato Mundial de 2022, em Budapeste, quanto no de 2023, em Fukuoka, no Japão, onde, inclusive, quebrou o recorde brasileiro com 16min01s95.
Nesta quinta-feira, a piscina da Arena La Défense receberá mais atletas brasileiros: Guilherme Caribé disputará as eliminatórias dos 50 metros livre, enquanto o quarteto do 4×200 metros livre buscará uma vaga na final da prova, que será realizada na sessão noturna. A participação de cada um deles promete manter o espírito competitivo e o orgulho do esporte brasileiro em alta.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
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