Um grupo de servidoras do Judiciário alagoano se reuniu no pátio do Museu Théo Brandão (MTB) para um debate sobre o livro “A Cachorra”, da escritora colombiana Pilar Quintana. Essa discussão faz parte das atividades promovidas pelo Clube do Livro Direito e Literatura, que busca incentivar a leitura e criar uma comunidade de leitores no ambiente judiciário.
O livro aborda questões relacionadas à maternidade e também problemáticas enfrentadas por mulheres, especialmente as mulheres negras e periféricas. A bibliotecária do Judiciário, Mirian Alves, destacou a escrita crua e verdadeira da autora, que retrata a história de Damaris, uma mulher marcada por tragédias e violência desde cedo. Damaris decide adotar uma filhote de cachorra, desenvolvendo um laço maternal com o animal, enquanto lida com a pressão da sociedade por não conseguir engravidar.
Durante o debate, a servidora Andrea Santa Rosa compartilhou como a leitura a fez refletir sobre as cobranças impostas às mulheres em serem perfeitas em todas as áreas de suas vidas. Sua colega, Karinne Duarte, complementou falando sobre o peso do julgamento vindo de outras mulheres e como decidiu viver livre dessas expectativas.
Ao final da reunião, todos os participantes expressaram sua satisfação em realizar o encontro no pátio do Museu Théo Brandão, celebrando a oportunidade de discutir literatura em um espaço tão simbólico para Alagoas. A diretora do museu, Hildênia Oliveira, afirmou o apoio à iniciativa, destacando a importância de abraçar diversas formas de cultura e se disponibilizou a sediar mais momentos como esse.
O debate proporcionou uma reflexão profunda sobre a narrativa do livro, levando as servidoras a enxergarem paralelos entre a ficção e a realidade das mulheres em suas lutas diárias. A troca de experiências e a conexão estabelecida durante a discussão fortaleceram o propósito do Clube do Livro e reafirmaram a importância da literatura como ferramenta de conscientização e empoderamento.
Com informações e fotos da UFAL