A comunidade universitária é composta não apenas por estudantes, professores e técnico-administrativos, mas também por prestadores de serviços, autônomos ou contratados por empresas licitadas para diversas atividades no campus, como segurança patrimonial e limpeza.
Muitas dessas pessoas que circulam diariamente pela universidade não tiveram a oportunidade de cursar o ensino superior e, em alguns casos, nem mesmo conseguiram concluir o ensino fundamental e médio devido à sobrecarga de trabalho. No entanto, a convivência com os estudantes e as atividades acadêmicas pode despertar um sonho adormecido em muitos deles.
Um exemplo disso é Aline Santos, que trabalha como segurança na reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) há seis anos. Após realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no final de 2023, ela se inscreveu no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024.1 e aguardou ansiosamente pelo resultado.
A espera não foi fácil para Aline. Com cada convocação para o primeiro semestre passando sem seu nome ser chamado, a tensão e a expectativa aumentavam. Porém, a notícia de que ela havia sido aprovada para o curso de Geografia – bacharelado/noturno, com início das aulas previsto para janeiro de 2025, trouxe uma explosão de alegria e realização.
Apesar de tentar manter discrição no ambiente de trabalho, a descoberta da aprovação foi motivo de comemoração entre os colegas de Aline. “Eu fiquei muito feliz. É um sonho realizado. Não vejo a hora de começarem as aulas e tenho muitos planos para o futuro”, revela a nova estudante.
O caso de Aline Santos ilustra como a universidade pode ser um ambiente de transformação e oportunidades, mesmo para aqueles que não tiveram acesso a uma educação formal. Sua história mostra que a persistência e a dedicação são fundamentais para alcançar os objetivos, independentemente dos desafios enfrentados no caminho.
Com informações e fotos da UFAL