A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) está participando do projeto Re-Mare – Restauração Ecológica de Manguezais e Restingas da Amazônia Costeira Maranhense, coordenado pela professora Flávia Mochel da Universidade Federal do Maranhão (Ufma). Este projeto, financiado pelo Edital 19/2022 Floresta Viva – Manguezais do Brasil, do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), foi selecionado juntamente com apenas outras sete iniciativas em todo o país.
O professor Alexandre Oliveira, do Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (Ceca) da Ufal, será o representante da instituição nas atividades do projeto, que está programado para ocorrer ao longo de dez dias em fevereiro. Sua participação reforça a expertise da universidade na produção de mudas de espécies de mangue, contribuindo para a restauração de áreas degradadas. O professor destaca a importância da troca de experiências e o desenvolvimento de novas metodologias nesse processo.
Dentro desse contexto, o professor Alexandre pretende fortalecer o programa Remangue, também sob sua coordenação e em tramitação na Pró-reitoria de Gestão Institucional (Proginst). Este Programa visa captar recursos para a construção do Centro de Recuperação de Manguezais (Cermangue) no Centro de Ciências Agrárias da Ufal. O Cermangue contará com um laboratório de pesquisa, ensino e extensão, além de um viveiro com capacidade para produzir até 30 mil mudas por ano.
O Centro de Recuperação de Manguezais tem como objetivo tornar-se uma referência nacional em estudos sobre manguezais, destacando a Ufal como protagonista nas áreas de Ecologia de Ecossistemas e Restauração de Áreas Degradadas. Com esta iniciativa, a universidade se consolida como um polo de excelência nesse campo, sendo um dos poucos centros de produção de mudas de mangue no Nordeste e no Brasil.
O professor Alexandre ressalta que os manguezais são ecossistemas extremamente produtivos, com capacidade de sequestrar até oito vezes mais carbono da atmosfera do que outros ecossistemas. Além de sua importância ecológica, os manguezais possuem relevância social e econômica para comunidades costeiras, como o caso do sururu, patrimônio imaterial de Alagoas.
A produção de mudas no Cermangue também contribuirá para o Pró-Manguezais Alagoas, um programa coordenado pelo Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF), que conta com a participação do professor Alexandre e de outras professoras da Ufal. Essas ações visam promover a preservação e restauração dos manguezais, destacando a importância desses ecossistemas para o equilíbrio ambiental e para as comunidades locais.
Com informações e fotos da UFAL