A 4ª Olimpíada Brasileira do Oceano (O2) terá como foco este ano os biomas do país, com o objetivo de aumentar o conhecimento da população sobre o papel do oceano e a influência das ações humanas nele. As inscrições para o evento foram abertas no Dia Mundial dos Oceanos e serão aceitas até o final de agosto. A expectativa dos organizadores é de que pelo menos 50 mil pessoas participem da olimpíada, superando os números de anos anteriores.
A idealizadora e coordenadora da O2 2024, professora Jussara Lemos, da Universidade Federal do Pará, destacou o crescimento do evento ao longo dos anos, passando de 3 mil participantes na primeira edição para mais de 45 mil na última edição. A olimpíada é aberta a qualquer pessoa interessada, o que tem contribuído para atrair um público diverso e engajado com a temática.
A parceria entre diversas instituições, como a UFPA, Unifesp, Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e Unesco, tem possibilitado a realização do evento, que conta com o apoio de órgãos como o CNPq e a Fundação Grupo Boticário. Além disso, a O2 é voltada não só para instituições de ensino, mas também para indivíduos interessados em participar de diferentes modalidades da olimpíada.
Neste ano, os participantes podem escolher entre três modalidades, que incluem a cultura oceânica, projetos socioambientais e produções artísticas, tecnológicas e culturais. Os temas abordados envolvem desde a presença das mulheres na ciência até a importância dos biomas do Brasil, com destaque para a Amazônia. A realização da olimpíada visa sensibilizar a população sobre a importância do oceano e seu papel na regulação do clima, em meio aos desafios das mudanças climáticas.
Ao final da Olimpíada Brasileira do Oceano, os participantes receberão certificados digitais e concorrerão a bolsas de iniciação científica júnior para desenvolver planos de trabalho sobre cultura oceânica em suas escolas. As bolsas serão destinadas a estudantes de escolas públicas de todo o país, com enfoque na equidade de gênero e na inclusão de pessoas negras, quilombolas, indígenas, com deficiência, entre outros grupos vulneráveis. A iniciativa também busca promover a ciência e a educação em regiões com baixos índices de desenvolvimento, incentivando a participação de públicos diversificados e ampliando o debate sobre a importância da conservação dos ecossistemas marinhos.
Com informações da EBC
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