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Oito doutorandos indígenas brasileiros embarcam em intercâmbio acadêmico na França.

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O intercâmbio de oito doutorandos indígenas brasileiros na França é um marco importante na trajetória acadêmica e pessoal desses estudantes. O projeto Guatá, desenvolvido pelo governo francês em parceria com a Embaixada da França no Brasil, proporcionará uma experiência enriquecedora e transformadora para os participantes.

Dentre os selecionados para participar do intercâmbio, está Maristela Aquino, uma estudante guarani nhãndeva de 44 anos, que reside na região de Dourados, em Mato Grosso do Sul. Sua jornada acadêmica é marcada por superações e desafios, desde o trabalho nas escolas indígenas até a formação em pedagogia e mestrado em antropologia.

Maristela sempre teve como foco a busca por soluções para a insegurança alimentar nas aldeias onde vivem os povos guarani, utilizando conhecimentos tradicionais e práticas agroecológicas. Seu engajamento e determinação a levaram a ingressar em um doutorado na Universidade Federal da Grande Dourados, e agora, ao intercâmbio na França.

Por outro lado, Idjahure Kadiwel, de 34 anos, trilhou um caminho diferente, voltando-se para suas raízes terena e kadiwéu após uma vida na cidade grande. Seu interesse pela cultura e música indígena o motivou a explorar, em sua tese de doutorado, as conexões entre os cantos terena e baniwa, duas tradições linguísticas ancestralmente relacionadas.

O programa Guatá, que já beneficiou outros estudantes no passado, proporciona não apenas uma oportunidade acadêmica, mas também um espaço de trocas culturais e experiências enriquecedoras. A possibilidade de realizar pesquisas em um ambiente acadêmico internacional e compartilhar os saberes indígenas brasileiros com a comunidade acadêmica francesa representa um importante passo no fortalecimento e reconhecimento dessas culturas.

Além disso, a supervisão dos estudantes por professores e a imersão em um ambiente acadêmico diversificado contribuem para um aprendizado mais amplo e abrangente. A inserção dos indígenas brasileiros em contextos acadêmicos estrangeiros também promove a diversidade de perspectivas e saberes, enriquecendo o ambiente de estudo e pesquisa.

Em suma, o intercâmbio de doutorandos indígenas na França é um marco significativo não apenas para os participantes, mas também para a promoção da diversidade cultural e o reconhecimento dos saberes tradicionais desses povos. A experiência de viver e estudar em outro país certamente trará novos horizontes e oportunidades para esses estudantes, fortalecendo sua atuação acadêmica e contribuindo para o diálogo intercultural e a valorização das culturas indígenas.

Com informações da EBC
Fotos:

© Tânia Rêgo/Agência Brasil

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