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Naufrágio nazista de 2ª Guerra Mundial gera poluição costeira e intriga pesquisadores brasileiros.

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Um estudo recente, liderado pelo renomado professor Cláudio Sampaio da Unidade de Penedo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), foi publicado na revista científica Ocean and Coastal Research (OCR), reconhecida internacionalmente por seus relevantes trabalhos. O artigo, escrito em inglês, discute a relação entre naufrágios históricos em águas internacionais e a poluição costeira, tendo como autores os pesquisadores Luis Ernesto Bezerra, Carlos Eduardo Teixeira, Rivelino Cavalcante, Marcelo Soares da Universidade Federal do Ceará e Cláudio Sampaio da UFAL.

O estudo aborda os impactos causados por fardos de borracha que surgiram ao longo da costa brasileira em 2021, representando uma ameaça para a frota artesanal que opera na região. Uma investigação detalhada identificou que esses fardos estavam associados a um naufrágio nazista da Segunda Guerra Mundial, especificamente ao navio alemão Weserland, afundado há mais de 80 anos. Estudos numéricos forneceram evidências que sustentam a hipótese desse vínculo.

O naufrágio em questão repousa a uma profundidade de cerca de 5 mil metros, contendo fardos de borracha, estanho e wolframita, um mineral utilizado na extração de tungstênio. A valorização do estanho no mercado internacional, passando de US$13.375 para US$34.462 por tonelada entre março de 2020 e maio de 2021, indica o potencial comercial dessas cargas submersas.

Além disso, a pesquisa apontou para um possível resgate não autorizado desses materiais em águas oceânicas internacionais, fora da jurisdição brasileira, o que levanta preocupações sobre os riscos ambientais associados aos naufrágios históricos pouco monitorados. O aparecimento de novos fardos em diferentes regiões do Brasil ao longo dos anos e até mesmo em países vizinhos como o Uruguai enfatiza a gravidade dessa situação.

A presença de fardos com características distintas dos encontrados anteriormente sugere que esses materiais podem ter percorrido longas distâncias no oceano antes de encalharem nas praias brasileiras. A pesquisa também destaca o interesse comercial que essas cargas submersas despertam em empresas de resgate, levantando a discussão sobre a necessidade de regulamentar o resgate de naufrágios históricos em águas internacionais para evitar danos ambientais futuros.

Em suma, o estudo liderado pelo professor Cláudio Sampaio e sua equipe demonstra a complexidade e os desafios envolvidos no resgate e monitoramento de naufrágios históricos, apontando para a urgência de ações regulatórias para proteger os oceanos e as áreas costeiras de potenciais danos. Este trabalho certamente contribui para a compreensão e conscientização sobre os impactos gerados por eventos passados que ecoam até os dias atuais.

Com informações e fotos da UFAL

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