A Câmara dos Deputados aprovou na última terça-feira (9) novas alterações na reforma do ensino médio, que já havia sido analisada pelo Senado e agora aguarda sanção presidencial. O substitutivo do deputado Mendonça Filho, do estado de Pernambuco, mantém o aumento da carga horária da formação geral básica, passando de 1,8 mil para 2,4 mil horas ao longo dos três anos do ensino médio para os alunos que não optarem pelo ensino técnico. A carga horária total do ensino médio permanece em 3 mil horas durante todo o período.

Uma das principais mudanças propostas pelo relator diz respeito à escolha de itinerários formativos pelos alunos para completar as 600 horas restantes nos três anos. As opções incluem linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias, ou ciências humanas e sociais. Essa medida visa aprofundar os estudos dos estudantes em áreas específicas de acordo com seus interesses e aptidões.

Durante a discussão na Câmara, foram rejeitadas as alterações propostas pelo Senado, incluindo a obrigatoriedade de pelo menos 70% da grade de disciplinas ser composta por disciplinas básicas, deixando mais espaço para os itinerários formativos. Além disso, houve discordância em relação à inclusão do espanhol como idioma obrigatório, devido aos impactos financeiros que essa medida poderia acarretar para os estados.

O deputado Felipe Carreras, do PSB de Pernambuco, apresentou um recurso para restabelecer a obrigatoriedade do ensino do espanhol, argumentando que a língua não seria imposta aos alunos, mas sim uma opção adicional em relação ao inglês. A discussão em torno desse tema evidencia a importância de se debater os aspectos práticos e financeiros das políticas educacionais propostas. A reforma do ensino médio visa oferecer uma formação mais adequada às demandas do mercado de trabalho e às necessidades individuais dos estudantes, reforçando a importância da educação para o desenvolvimento do país.

Com informações da EBC
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