Na última terça-feira, dia 19, foi realizada no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) uma reunião para avaliar as políticas de acolhimento aos estudantes estrangeiros na instituição. O encontro contou com a participação de representantes do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), da Pró-reitoria de Graduação (Prograd), da Assessoria de Intercâmbio Internacional (ASI), da Pró-reitoria Estudantil (Proest) e da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep), além dos estudantes do programa, em sua maioria africanos.
O objetivo da reunião foi proporcionar um momento de escuta para que os estudantes pudessem compartilhar as dificuldades enfrentadas desde o momento da inscrição no programa, ainda em seus países de origem, até a sua chegada no aeroporto Zumbi dos Palmares. A professora Regla Toujaguez, representante do Neabi, destacou a importância de organizar a experiência dos estudantes estrangeiros para garantir que sejam acolhidos da melhor forma possível.
O programa PEC-G, administrado pelo Ministério das Relações Exteriores e pelo Ministério da Educação em parceria com instituições de ensino superior em todo o país, foi mencionado como fundamental na trajetória acadêmica e profissional de Vagner Bijagó, um ex-aluno da Ufal. Bijagó veio da Guiné-Bissau, estudou Ciências Sociais na instituição, e posteriormente fez mestrado, doutorado e foi aprovado em concurso público para se tornar professor na Universidade. Ele ressaltou a importância de aperfeiçoar e atualizar as diretrizes do programa.
Os estudantes presentes, em sua maioria da Guiné-Bissau e do Benin, juntamente com alunos de outros países africanos e da América Latina, ouviram atentamente o relato inspirador de Bijagó. A coordenadora de Projetos Internacionais da Assessoria Internacional, Manuela Callou, está trabalhando na implementação de um programa de acolhimento institucional para os estudantes estrangeiros da Ufal. Ela enfatizou a necessidade de ter um procedimento estruturado e global para orientar individualmente cada estudante, além de propostas como acompanhamento psicológico e atividades de integração.
Por fim, Callou destacou a importância de envolver os estudantes nas propostas de acolhimento, pois morar em um país estrangeiro traz desafios e é fundamental oferecer apoio nesse processo. A reunião foi vista como um passo crucial para garantir que os estudantes estrangeiros na Ufal sejam acolhidos e acompanhados de forma adequada durante sua estadia na instituição.
Com informações e fotos da UFAL