Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (18), elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano. É a primeira alta desde agosto de 2022, e a medida reflete a preocupação da autoridade monetária com a persistência da inflação e a necessidade de conter o superaquecimento da economia.
Por que a Selic subiu?
A decisão de elevar a Selic tem como objetivo principal conter a inflação, que tem se mostrado mais resistente do que o esperado. O Copom, em seu comunicado, destacou a necessidade de uma postura mais contracionista para enfrentar um cenário econômico de alta demanda e pressões no mercado de trabalho.
Quais os impactos da alta da Selic?
Aumento do custo do crédito: A elevação da Selic encarece o crédito para consumidores e empresas, o que pode desacelerar o consumo e os investimentos.
Favorecimento da renda fixa: Por outro lado, a alta da Selic torna os investimentos em renda fixa, como títulos públicos, mais atrativos.
Desaceleração da economia: A política monetária mais restritiva pode levar a uma desaceleração da economia, com menor crescimento e menor geração de empregos.
Fortalecimento do real: A alta da Selic pode atrair capital estrangeiro para o país, fortalecendo o real.
O que esperar para o futuro?
O Copom sinalizou que novos aumentos da Selic podem ocorrer nos próximos meses, caso a inflação não se comporte como esperado. A ata da reunião, a ser divulgada em 24 de setembro, trará mais detalhes sobre as discussões e perspectivas para os próximos passos.
Cenário internacional
A decisão do Banco Central ocorre em um contexto de divergência nas políticas monetárias globais. Enquanto o Federal Reserve (Fed) reduziu os juros, o Banco Central do Brasil adota uma postura mais restritiva. Essa divergência pode gerar volatilidade no mercado financeiro e impactar a economia brasileira.
A alta da Selic é uma medida necessária para controlar a inflação e garantir a estabilidade da economia. No entanto, a política monetária mais restritiva pode ter impactos negativos no curto prazo, como a desaceleração da atividade econômica e o aumento do desemprego. É fundamental acompanhar de perto os próximos passos do Banco Central e os seus impactos na economia brasileira.