O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou um crescimento de 3,4% em 2024, de acordo com dados divulgados pelo IBGE. Esse resultado representa uma aceleração em relação ao ano anterior, quando o crescimento foi de 3,2%. Este aumento é o maior registrado desde 2021 e reflete a recuperação da atividade econômica do país.
No entanto, especialistas alertam que esse cenário positivo pode ser passageiro, uma vez que o Banco Central do Brasil adotou uma postura mais rígida em relação à política de juros. Com a expectativa de que a taxa Selic alcance 15% ao ano em 2025, o consumo e os investimentos tendem a ser impactados, o que pode resultar em uma desaceleração da economia.
Além disso, incertezas econômicas no cenário internacional, especialmente em relação às políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também contribuem para um ambiente de cautela. Estima-se que a economia brasileira comece a sentir os efeitos desse cenário, refletindo em uma redução do consumo e no encarecimento do crédito para a população.
Com menos estímulos fiscais do governo previstos para 2025 e a perspectiva de uma taxa de juros mais elevada, a expectativa é de uma desaceleração da economia brasileira ao longo do ano. Setores como indústria e serviços devem ser impactados, e o consumo tende a ter uma contribuição menor em comparação com anos anteriores.
Diante desse cenário, economistas preveem que a economia brasileira terá um desempenho mais modesto em 2025, marcando um período de consolidação e ajustes após os anos de crescimento. Ainda assim, o cenário para o primeiro trimestre do ano é de uma atividade econômica sustentada, impulsionada pelo agronegócio e por outros fatores internos favoráveis.