O dólar registrou uma alta significativa e encerrou a sessão de negócios desta sexta-feira (7) no maior patamar em mais de um ano e meio. Esta valorização da moeda norte-americana foi motivada por diversos fatores que têm impactado o mercado financeiro nas últimas semanas.
Uma das explicações para a recente valorização do dólar está relacionada às incertezas em torno da política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Indicadores econômicos dos EUA têm sinalizado que a maior economia do mundo pode estar desacelerando, o que tem levado os investidores a especular sobre uma possível mudança na postura do Fed em relação às taxas de juros.
Além disso, dados do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos apontaram um crescimento acima do esperado na criação de vagas de trabalho em maio, o que reforçou a resiliência do mercado de trabalho e aumentou a confiança dos investidores na economia norte-americana. Esses números, somados a um possível início do ciclo de cortes nas taxas de juros em setembro, contribuíram para a valorização do dólar.
Outros fatores que também influenciaram a alta do dólar em relação ao real nas últimas semanas incluem a variação de preços das commodities, o cenário da balança comercial brasileira e as incertezas sobre o quadro fiscal do Brasil.
Em meio a essas movimentações do mercado financeiro, os investidores também acompanharam atentamente as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou de reuniões com agentes do mercado e abordou questões relacionadas ao arcabouço fiscal do país. Esses eventos, somados às notícias econômicas internacionais, contribuíram para a volatilidade nos mercados financeiros ao longo da semana.