Durante a 23ª Semana Nacional dos Museus, que ocorre entre os dias 12 e 18 de maio, a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) se destaca na promoção e valorização do patrimônio cultural. O evento, organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), traz como tema principal “O futuro dos museus em comunidades em rápida transformação”, debatendo a relevância das instituições culturais num contexto em que as sociedades passam por rápidas mudanças.
As atividades na Uneal têm início na segunda-feira, 12 de maio, às 10h, com a mesa de discussões intitulada “Museu da Ilha do Ferro: Uma experiência com o patrimônio intangível no Baixo Rio São Francisco”. Este encontro contará com a participação do museólogo Jairo Campos e do mestrando em Geografia Dirceu Dias. A transmissão será feita ao vivo, através do perfil do Espaço de Memória Artesão Fernando Rodrigues dos Santos no Instagram (@museuilhadoferro).
No dia seguinte, terça-feira, 13 de maio, às 8h, o Espaço de Memória Artesã Irinéia Rosa Nunes da Silva promoverá a mesa “Museu Muquém: Uma experiência com o patrimônio intangível no âmbito da Comunidade Quilombola Muquém”. Jairo Campos será o mediador, apoiado pela colaboração dos acadêmicos da Uneal Bruna Oliveira, Carlos Cabral e Diogo Ferreira. Mais uma vez, a transmissão será realizada pelo Instagram do museu (@museumuquem).
Encerrando a programação na mesma terça-feira, às 11h, o Espaço de Memória Indígena Alagoana Geová José Honório da Silva apresentará a mesa “Museu Indígena Alagoano: Uma experiência com o patrimônio intangível ligado aos povos originários de Alagoas”. Novamente, sob a mediação de Jairo Campos, os discentes Bruna Oliveira, Carlos Cabral e Diogo Ferreira contribuirão para o debate, que será transmitido pelo perfil do museu no Instagram (@museuindigenaalagoano).
O museólogo Jairo Campos salienta a relevância da participação da Uneal na Semana Nacional dos Museus, afirmando que é uma oportunidade para apresentar o trabalho realizado pela instituição à sociedade. Ele ressalta que essa participação confere visibilidade a projetos que buscam resgatar e divulgar a cultura dos povos originários e tradicionais, destacando a importância da documentação e valorização dessas vozes, que muitas vezes permanecem silenciadas.
Campos enfatiza que o impacto dos museus da Uneal é significativo para a cultura alagoana, ao criar três nichos distintos que contemplam comunidades indígenas, ribeirinhas do São Francisco e a comunidade quilombola do Muquém. Esses espaços estão comprometidos em promover o patrimônio imaterial, enaltecendo as vozes e tradições locais através de diversas produções culturais, como livros, dissertações e catálogos, além de trabalhos acadêmicos.
Dessa maneira, a Uneal se afirma como um importante agente de transformação cultural, contribuindo para o reconhecimento e a preservação da rica diversidade cultural de Alagoas.
Com informações e fotos da Secult/AL