O projeto No Terreiro, que tem como objetivo valorizar a cultura local do Povoado Potengy, situado no município de Piaçabuçu, no litoral sul de Alagoas, avança com uma nova e significativa atividade: a Oficina de Trança Nagô. Este projeto já havia promovido diversas iniciativas artísticas, incluindo oficinas de tecelagem de redes e fotografia, mas agora a proposta é enfocada na ancestralidade e na beleza da arte de trançar os cabelos.

A trança nagô, além de ser uma técnica estética, carrega consigo um forte simbolismo ligado à identidade, à resistência e ao empoderamento das mulheres afro-brasileiras. Essa prática representa um elo entre gerações, resgatando a história e as tradições que foram passadas ao longo do tempo. A oficina será conduzida por Izabela da Silva Olímpio, uma experiente trancista com mais de 15 anos de atuação neste ofício e fundadora do Studio Afro Zunduri. Reconhecida por transformar a técnica ancestral em uma potente forma de expressão que eleva a autoestima e reafirma o sentimento de pertencimento entre as participantes, Izabela traz não apenas seu conhecimento técnico, mas também sua experiência de vida e sua paixão pela cultura afro-brasileira.

A oficina, que é gratuita e possui número limitado de vagas, é direcionada a mulheres a partir de 15 anos de idade. Este espaço não se restringe apenas ao aprendizado de uma técnica, mas se propõe a ser uma oportunidade para o fortalecimento de laços comunitários, celebração da cultura e troca de experiências. Interessadas em participar devem entrar em contato pelo telefone disponibilizado, sendo esta uma chance incrível de enriquecer o conhecimento cultural e se conectar com a identidade afro-brasileira.

O Projeto No Terreiro conta com o apoio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), criada pelo Governo Federal através do Ministério da Cultura, e está sendo operacionalizado em Alagoas pela Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa. Essa iniciativa ressalta a importância de incentivar e promover a cultura local, criando um espaço de valorização e respeito pelas tradições que moldam a identidade da comunidade.

Com informações e fotos da Secult/AL