A artista visual e pesquisadora Laryssa Andrade lança “Sobrenome”, seu primeiro e-book autoral, já acessível online. Nesta obra, Laryssa apresenta 38 fotografias que transitam entre 2023 e 2025, explorando casas, objetos e arquivos familiares. O foco está nas narrativas visuais que emergem do que permanece após a saída de uma morada.

“Sobrenome” é um projeto que se desenvolve a partir de investigações sobre a imagem no contexto familiar e comunitário, refletindo o que é carregado de amor e ausência. “É um mapa afetivo entre lugares e gerações, que pretende alcançar não só o meu círculo, mas algo coletivo”, explica Laryssa.

Com 32 páginas, a obra une imagens de diferentes épocas e localidades, abrangendo Maceió e Batalha, no Sertão alagoano. As composições misturam fotografia digital, analógica e colagem, utilizando acervos pessoais e comunitários, incluindo materiais cedidos por moradores do Loteamento Nuporanga, na parte alta de Maceió.

Além da versão digital, o projeto contempla a distribuição gratuita de cartões-postais em pontos culturais da cidade, como bibliotecas e instituições. Também serão instalados cartazes com QR Codes, facilitando o acesso ao e-book.

O projeto foi viabilizado por recursos da Política Nacional Aldir Blanc, através do Ministério da Cultura e da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas. A revisão é de Aylla Iana, Minne Santos, Mônica Andrade e Angela Andrade, enquanto a diagramação ficou a cargo de Thamyres Lourenço, com projeto gráfico, textos e imagens assinados pela própria Laryssa.

Natural de Maceió, Laryssa Andrade é formada em Serviço Social pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Seu trabalho foca nas interseções entre imagem e memória coletiva, especialmente em arquivos familiares. Ela é também diretora do documentário “O lugar que somos”, que foi premiado na Unicamp e reconhecido como melhor filme na Mostra Nupepa/ImaRgens.

Com informações e imagens do Governo de Alagoas.